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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 601 - 700 (1859 - 1860)
    • 639 - ao Sr. Halluin
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639 - ao Sr. Halluin

A respeito das despesas de viagem de um irmão. Conselhos do Cura dArs, dos Bispos de Angers e de Tours. Desejo de atrair padres para o Instituto, mas é preciso evitar as situações indecisas. Necessidade de não precipitar nada.

 

Vaugirard, 15 de setembro de 1859

 

Caro Senhor padre e filho em N.S.,

 

Acolheremos com alegria, no retiro, aqueles de seus irmãos sem os quais você poderá ficar durante alguns dias. Eles voltarão a você depois, é de se esperar, ainda mais fortes e mais dedicados para o bem de suas crianças.

 

Para a viagem do irmão Jean [Maury], acho que você reconheceu que ela era justamente motivada pelo estado de langor de sua mãe e pelo desejo que ela tem de resolver com ele, suceda o que suceder, alguns interesses de família. Em casos semelhantes, e quando os pais estão gravemente doentes, acho que as viagens são justificadas; de outra forma, nós as tornamos tão raras quanto se pode caridosamente. Não sei o que custa a viagem para a região do irmão Jean, mas ele é delicado e consciencioso, ele não terá nenhuma idéia de exagerar nada. Sua mãe pagará sua volta, talvez; não sei, porém, se ela está em condições de fazê-lo. Como ele trabalha corajosamente, parece que esse pequeno sacrifício em seu favor seria, aliás, bem merecido.

 

Vejo com prazer que o conjunto de seus serviços se faz quase bem, e que os exercícios de comunidade têm, no entanto, seu quinhão; devemos tender, com efeito, a fazer realizar ambas as coisas juntas; elas servem para si de auxílio e de apoio mútuo.

 

Penso que nosso irmão Firmin [Thuillier] voltou de sua região com boas disposições. Para o irmão Alphonse [Vasseur], ele tem, assim, pequenas nuvens de vez em quando, mas a razão e o espírito de superam sempre aquilo .

 

Não sei muito bem o que lhe aconselhar em relação ao seu jovem eclesiástico; ele pode prestar-lhe alguns serviços, sem dúvida, mas você não corre o perigo de recair nessas posições mistas e indecisas das quais experimentamos todas as dificuldades no passado e de que tivemos que sair a todo o custo? Peço-lhe para bem examinar se semelhante inconveniente não é de se prever hoje. Desejo muito, como você, atrair padres para nosso grupo, e tenho sinceramente a peito fazer desaparecer de nossa constituição tudo o que poderia afastá-los, mas a coisa requer ser feita com madureza e precaução. O Senhor Arcebispo de Paris, consultado várias vezes por mim, me aconselhou bem fortemente não me apressar e proceder com prudência. O Santo Cura dArs, que fomos visitar propositalmente, o Sr. Lantiez e eu, nos convidou a seguir o parecer de Sua Eminência.

 

O Senhor Bispo de Angers, de seu lado, me escreve que, nestes últimos tempos, conversou longamente a nosso respeito com o Sr. Arcebispo de Tours [Dom Guibert] e que seu sentimento comum é que não saberíamos ir com excesso de maturidade e de circunspeção na solução das questões essenciais concernentes ao nosso Instituto. Essas autoridades são bem graves, e acreditaria desconhecer os planos de Deus se resolvesse, sem luzes suficientes, pontos que podem atingir o fundo mesmo de nossa existência.

 

Deploramos que nosso jovem irmão Sadron não escreva, até agora, a ninguém; convido-o a me escrever logo. Sua mãe aguarda também alguma lembrança dele e lhe recomenda, quando lhe escrever, pôr algumas palavras para sua tia.

 

Ainda não sabemos o momento preciso de nosso retiro. Os RR. PP. Jesuítas, aos quais nos dirigimos estavam todos em missões diversas e o Superior nos adiou para a primeira quinzena de outubro.

O Sr. Caille está aqui por um tempo. Tudo vai bem na casa de Amiens; vamos indo também aqui, com a ajuda do Senhor. Possamos permanecer sempre fiéis a seu divino Espírito e ser apenas instrumentos dóceis em suas mãos!

 

Receba, caro Senhor padre,  todos os nossos sentimentos costumeiros de respeito e de afeição em Jesus e Maria.

 

Seu devotado amigo e Pai

 

                                   Le Prevost

 

P.S. Continuo bem frágil de saúde. Peço-lhe alguma lembrança diante de Deus, a fim de que eu saiba me conformar à sua santa vontade nesse estado de langor e de incapacidade.

 




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