Os apoios
da graça (oração, exercícios de piedade): “nossa força está aí”.
Vaugirard,
24 de novembro de 1859
Caríssimo filho em N.S.,
Vi com alegria que suas disposições permaneciam
sempre tais como eu as podia desejar, quer dizer todas devotadas ao bem, todas
conformes à nossa santa vocação, que nos consagra a Deus e a nossos irmãos. Não
há, caro amigo, tarefa mais nobre e mais santa; então, permaneçamos bem
firmemente apegados a ela e esforcemo-nos também, a exemplo de São Pedro, por
confirmar nossos irmãos. Não fico surpreendido que lhe voltem, de vez em
quando, alguns pequenos desânimos, porque você está facilmente impressionado
pelos incidentes ou contrariedades que as circunstâncias trazem, mas essa
perturbação está só na superfície; o fundo, que está realmente sólido em fé e
em dedicação, retoma depressa o controle e o mostra tal como está efetivamente.
Apóie-se sempre muito no Senhor, caro filho, pela oração, pelos sacramentos e
os piedosos exercícios: nossa força está aí. Diz-se muitas vezes: Não encontro
nisso nem atrativo, nem gosto, nem, quase, aplicação; como podemos ser
assistidos por ali? Tem que vir a nós, no entanto, por esse meio, uma força
poderosa, já que, ficando-lhe fiéis, não desfalecemos nem no trabalho nem na
provação, nem nos sacrifícios, enquanto, abandonando-o, esmorecemos pouco a
pouco e acabamos totalmente derrubados. Vá, portanto, com firmeza, na prática
de seus exercícios, caro filho, anime também suavemente os outros, por seu
exemplo sobretudo, a perseverar neles fielmente; você assegurará assim ao mesmo
tempo sua salvação e a de seus irmãos. Abrace-os a todos por mim com uma
afetuosa cordialidade. O Sr. Myionnet agradece-lhe por sua boa recordação.
Ontem, celebramos sua festa, ela foi muito amável, nossas crianças foram
raramente tão felizes. Nosso jovem soldado Verdier, neste momento em Paris,
estava dos nossos; ele geme muito sob sua nova veste, espera sempre retomar
logo a dos irmãos de São Vicente, mas não vejo muito, até agora, isenção bem
próxima.
O Sr. Lantiez irá vê-lo em breve.
Adeus, caro filho, que o Senhor digne-se
abençoá-lo.
Seu amigo e Pai
Le Prevost
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