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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 601 - 700 (1859 - 1860)
    • 663 - ao Sr. Vasseur
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663 - ao Sr. Vasseur

Regra para a correspondência dos irmãos com o Sr. Le Prevost. Conduta a levar frente a um seminarista residente na casa. Conselhos de direção. O combate espiritual sempre há de se travar.

 

Vaugirard, 14 de janeiro de 1860

     Caríssimo filho em N.S.,

 

            Havia muito tempo que não tinha recebido de você uma cartinha escrita de coração aberto, tenho necessidade, às vezes, de meus caros filhos falarem assim comigo; por isso, convidei nosso bom padre Lantiez a me trazer algumas palavras suas escritas com simplicidade e confiança. Você entendeu meu desejo, caro filho, e respondeu-lhe bem: sua carta me foi bem agradável e reencontrei nela meu filho Alphonse. Combinei com nosso caro Sr. Halluin que os irmãos de Arras me escrevessem de vez em quando diretamente, sem ter necessidade de lhe comunicar suas cartas e que minhas respostas lhes fossem também entregues seladas. Determinei também a mesma coisa com o Sr. Caille para os irmãos de Amiens. É um uso que existe em todas as Congregações e cuja utilidade real foi reconhecida. Não é por querer encorajar assim os irmãos a faltar de abertura com seu Superior ordinário; não, mas quer-se proporcionar a eles mais um meio de expansão para com o Superior comum, a fim de que ele continue bem a par das disposições de todos os seus filhos; quer-se também, se eles têm alguma pena, que a possam confiar a ele ; muitas vezes, um pequeno conselho, uma palavra de encorajamento pode consolar uma alma entristecida e devolver-lhe a tranqüilidade. Você usará portanto, caro filho, dessa faculdade, assim como nossos outros irmãos, em toda liberdade, sem prejuízo para a confiança que você guardará em seu padre Halluin  tão bom, tão capaz de bem aconselhá-lo.

 

            Espero como você, caro filho, que a presença do jovem seminarista que reside na comunidade não atrapalhe nada nos costumes da casa; é uma experiência que vamos fazer. Se não desse os bons resultados que esperamos para o alívio do Sr. Halluin e o seu, procuraríamos outros meios. Infelizmente, nossa boa vontade é maior do que a nossa força e, até agora, conseguimos bem pouco dar um apoio eficaz num ponto, sem pôr alguma outra parte a descoberto. No entanto, nossa intenção é fazer esforços mais do que ordinários para preparar, daqui até o mês de setembro, algum auxílio verdadeiramente eficaz para sua casa. Esperemos que o Senhor digne-se dar-nos, para essa finalidade, sua divina assistência.

            Você evitará, caro filho, toda suscetibilidade para com o jovem seminarista que tem a boa vontade de ajudá-los, você respeitará as santas ordens às quais já foi admitido, você viverá em caridade e benevolência com ele e, se não tem, como é natural obrigação de obediência para com ele, você cuidará ao menos de não feri-lo por alguma falta de cortesia e de boa vontade; conto com seu bom espírito para seguir essa linha prudente e caridosa ao mesmo tempo; você esforçar-se-á para que nossos irmãos ajam da mesma maneira e você não terá assim, espero, senão motivo de felicitar-se de seus relacionamentos com o Sr. Lemaire.

 

            Entendo bem, caro amigo, que o Sr. Halluin, estando muito carregado e preocupado, não possa ter a liberdade e a folga de atraí-lo a si e de proporcionar-lhe um pouco de efusão afetuosa de que você tem necessidade. Ofereça momentaneamente esse sacrifício ao Senhor e procure redescobrir, numa terna intimidade com Ele, o que lhe falta do lado dos homens; tenha plena certeza disso, se voltar-se para esse lado, encontrará ali muita força e consolação. Daqui a pouco, aliás, o Sr. Myionnet tornará a vê-lo, vou escrever para você e, enfim, espero que, numa época não muito distante, consigamos  apoiá-lo melhor.

Quanto às tentações que o aborrecem, faça como no passado; reze, exerça a vigilância sobre seus sentidos, humilhe-se diante de Deus, faça um pouco de mortificação. São elas para você uma ocasião de gritar mais vezes para Deus a fim de pedir-lhe socorro, e também de provar-lhe que você o ama. Seria uma ilusão pensar que você poderia evitá-las melhor em outra situação; o mal nos segue, o carregamos em nós mesmos. É um combate que dura, mas cada vitória conta e é meritória; por isso, Deus não quer pôr fim a ele.

 

            Adeus, caro filho, todos os nossos irmãos os abraçam, você e os que estão com você; rezamos por vocês, unimos nossos trabalhos aos seus e nossos corações também se unem a vocês nos Corações sagrados de Jesus e de Maria.

 

            Seu afeiçoado amigo e Pai

 

                                               Le Prevost

 

            Recebi para você uma cartinha, para você e para seu irmão, de seu jovem sobrinho Godé; como contém absolutamente apenas algumas frases de feliz ano novo e que minha carta de hoje está bastante carregada, adio seu envio para o próximo correio.

 

 

           

 




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