Necessidade
de levar sua cruz com paciência. Para agradarmos a Deus, tornarmo-nos fortes,
caridosos, santos. Dar à Igreja servidores generosos.
31 de janeiro de 1860
Há
muito tempo, caro filho, você não me escreveu com um pouco de folga e com
pormenores sobre seus pequenos negócios, seja interiores, seja de atuação na
obra santa na qual você trabalha. Já que um pequeno acidente o priva
momentaneamente de tomar parte, tanto como o quereria, no trabalho concernente
às suas crianças, você pode aproveitar disso para corresponder um pouco
conosco. Oferecemos com você ao Senhor a pequena cruz que ele lhe manda no
mal-estar corporal que lhe sobreveio, e esperamos que ela seja, como todas as
provações possíveis, salutar e fortificante para você. Quanto mais avanço, mais
vejo que a paciência, a aceitação corajosa e resignada das cruzes é a virtude
por excelência para um cristão e, sobretudo, para os servos íntimos do Senhor.
Todas
as nossas dificuldades, todas as nossas tristezas e nossos mal-estares de
coração vêm quase sempre de faltarem-nos a paciência, o suporte calmo e
submisso da pena, das provações e contradições. Procuremos, caro filho (digo: procuremos,
para mim como para você) corresponder aos desígnios misericordiosos do
Senhor: Ele nos envia as dificuldades e as provações para nos fortalecer, nos
purificar, nos santificar; tornemo-nos, para agradar-lhe, fortes, caridosos e
santos. Espero que nossa pequena família dará à Igreja alguns desses servidores
generosos e dedicados; possamos, você e eu, ser desse número.
Abraço-o
afetuosamente; à sua vez, faça-o por mim a seus irmãos.
Seu
amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
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