O Sr.
Myionnet volta de Arras com informações favoráveis. Isenção da conscrição para
um jovem irmão. Os encargos são pesados mas Deus “toma para Si o que não
podemos suportar”.
Vaugirard,
12 de março de 1860
Caro
Senhor padre e filho em N.S.,
Não
achei o momento, na saída do irmão Jean [Maury], para dar-lhe, como queria,
algumas linhas para você. Não tinha, de resto, nada de notável a enunciar, a
não ser a alegria que sentia pelas boas informações que nos trouxe o Sr.
Myionnet e que nos são um novo testemunho da proteção toda especial do Senhor
para com sua casa, já que, com recursos tão restritos em pessoal, você consegue
prover às necessidades essenciais da situação. Esperemos, portanto, e
caminhemos sempre em desconfiança de nossa fraqueza, em confiança na bondade
todo-poderosa de Deus.
O
irmão Jean levou um paletó que exigia um pequeno reajuste para quadrar bem com
seu tamanho. É pouca coisa, mas pensou-se nisso tarde demais. Peço-lhe fazer
adaptar-se para ele essa vestimenta.
Nosso
pequeno Brice está inquieto a respeito de sua mãe que lhe escreveu que se
sentia muito abatida. Ele pede-lhe instantemente para vê-la e escrever-lhe como
a acha. Seria necessário que essa boa senhora fizesse as declarações ordinárias
para isentar seu filho da conscrição. Ele pede-lhe também para perguntar o que
ela fez a esse respeito.
O
conjunto de nossa pequena Congregação e de suas obras vai indo. De todos os
lados, os encargos são mais pesados que as forças humanas. Mas o Senhor toma
para Si o que não conseguimos levar. Como poderíamos nos queixar? Nossa miséria
faz apelo à sua misericórdia. É o segredo de nossa existência presente e a
esperança de nosso futuro.
Adeus,
caro Senhor padre, abraço a você e a nossos irmãos em Jesus e Maria.
Seu
respeitoso amigo e Pai
Le Prevost
P.S.
O Sr. Myionnet me deu boa opinião do jovem eclesiástico que o ajuda. Ele crê
que há motivo para pensar que sua vocação o poderia ligar à nossa pequena
família.
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