O Sr. Le
Prevost exorta seu correspondente, que ajuda o Sr. Halluin em Arras, a bem
examinar seu projeto de entrar na Congregação.
Vaugirard,
2 de abril de 1860
Caro
Senhor padre,
Recebi
com uma verdadeira satisfação a carta que você me fez a honra de me escrever no
dia 30 do mês passado, e na qual você manifesta algum desejo de unir seus
esforços aos nossos nas obras que a divina Providência dignou-se de nos
confiar. O bem, que os Srs. Lantiez e Myionnet e os outros me disseram de suas
felizes qualidades e de seus sentimentos devotados, me é uma segurança de que
sua colaboração seria uma vantagem real para nossa família. Você me encontrará,
portanto, todo pronto para sintonizar com seus projetos, Senhor padre, se, após
sério exame, você se achar definitivamente chamado a andar no mesmo caminho que
nós. O próximo retiro fornecer-nos-á uma boa ocasião de conversar juntos sobre
isso. Não preciso dizer-lhe que o veremos com prazer no retiro, será um novo
meio de nos aproximarmos na caridade do divino Salvador, e espero que vá ser
também o ponto de partida das relações bem íntimas que deverão estabelecer-se
entre nós. Penso que esse retiro poderá ser colocado entre os dias 22 e 26, ou
27, deste mês. Ainda não tenho, porém, a certeza disso. Escreverei ao Sr.
Halluin, logo que esse ponto estiver definitivamente resolvido.
Tenho
motivo para acreditar que as pequenas dificuldades, que você, acidentalmente,
encontrou nos seus relacionamentos com nossos irmãos, cessaram inteiramente. Se
sobreviesse algum embaraço desse tipo, tenha a bondade de conversar sobre isso
em toda a simplicidade com nosso bom padre Halluin que me escreveria a esse
respeito, e faríamos com que, harmoniosamente, as coisas fossem resolvidas em
conciliação e espírito de caridade.
Adeus,
caro Senhor padre, será uma alegria para mim vê-lo em breve. Tenha certeza
de que você será acolhido entre nós como um amigo e como um irmão. Receba, por
favor, os sentimentos de respeito e de devotamento com os quais sou
Seu
humilde servo em Jesus e Maria
Le Prevost
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