Algumas
notícias da Comunidade. Pequenas provações quotidianas; mérito de suportá-las.
Vaugirard, 11 de junho de 1860
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
O
Sr. Myionnet, que está sofrendo há algum tempo, não pôde responder à sua última
carta; vai melhor agora, acho que daqui a dois ou três dias retomará suas
ocupações costumeiras. Não pude, eu mesmo, escrever-lhe nas últimas semanas, o
retiro da ordenação me tendo atrasado um pouco em meus trabalhos; agradeço-lhe
muito, assim como a nossos irmãos, por suas orações em meu favor. Tenho confiança
de que o Senhor as ouvirá, pois, ele atende os votos que a caridade e o zelo
inspiram para a sua glória.
Não
temos aqui nada de notável no que diz respeito ao pessoal ou às obras da
Comunidade. O Sr. padre Roussel está bastante gravemente sofrendo e fica
acamado há vários dias, mas essa indisposição, que vem de um movimento
sanguíneo no rosto e na cabeça, só pede, até agora, paciência e cuidados, sem
apresentar nenhum caráter de perigo.
Não
tivemos, nestes últimos tempos, novas admissões na família, a não ser um bom
rapaz [Antonin Evrard], antigo militar, enviado pelo Sr. Flour de Boulogne, e
de quem estamos contentes até agora nas funções da casa em que está ocupado. O
último irmão alemão [Boll] que viera a nós não perseverou, a saudade o apanhou,
voltou para seu país; o outro persiste [Antoine Emes] e será, acho, um sujeito
de certo valor; entende bem o francês agora e o fala de modo inteligível.
A
primeira comunhão de nossas crianças aconteceu, como de costume, quinta-feira
passada, de uma maneira edificante; você agradecerá a Deus conosco por isso,
pois aí está o coroamento de nossa obra em Vaugirard, já que, após esse
momento, nossas crianças, mais cedo ou mais tarde, nos deixam para a
aprendizagem.
Recebo
hoje mesmo boas notícias de Arras: o Sr. Halluin está contente com seus irmãos
e suas crianças. Espero, caro e bom amigo, que seja a mesma coisa para você,
excetuando essas misérias quotidianas com as quais sempre se deve contar, já
que a matéria sobre a qual trabalhamos é móvel e pouco consistente. Mas aí
também está nosso mérito, visto que aí está o exercício da paciência, do
suporte e da caridade; vamos, então, sempre resignados em nossas pequenas
provações, e sempre confiantes no Senhor cuja bondade misericordiosa não nos
abandona.
Adeus,
meu excelente amigo, acredite em todos os nossos sentimentos devotados como na
terna afeição de
Seu
amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
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