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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 701 - 800 (1860 - 1861)
    • 717 - ao Sr. Risse
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717 - ao Sr. Risse313

Abertura para a união da obra de Metz à Congregação. Condições de admissão. Próxima ordenação sacerdotal do Sr. Le Prevost.

 

Vaugirard, 27 de outubro de 1860

 

Caro Senhor padre,

 

Aguardava há muito tempo alguns sinais de simpatia do lado de Metz; tinha pressentido que havia ali um foco de zelo e de caridade, que devia estar nos caminhos de Deus que procuramos seguir, e que, um pouco mais cedo, um pouco mais tarde, a Providência nos proporcionaria alguma ocasião de aproximação. Bendigo ao Senhor que parece indicar-nos que o momento vem chegando em que, combinando nossos recursos, poderíamos trabalhar mais eficazmente para sua glória.

 

Não veria dificuldade, caro Senhor padre, para a admissão entre nós do bom jovem de quem você me fala, se ele é verdadeira e sinceramente disposto a consagrar-se todo a Deus nas obras que temos abraçado. Veria aí, com você, uma primeira preparação para o estabelecimento em Metz de uma pequena comunidade que, ao mesmo tempo, firmaria sua excelente instituição de jovens operários e asseguraria seu futuro.

 

Nosso regulamento exige, antes de tudo, dos sujeitos que se apresentam: a piedade, uma inteira dedicação, a capacidade física, a retidão de espírito, mas a falta de recursos temporais não constitui obstáculo à sua vocação. Se eles têm condições, a esse respeito, de dar alguma ajuda à Comunidade, ela a aceita de bom grado como um socorro verdadeiramente útil, mas ela não faz disso uma condição de sua admissão. Essas informações, espero, caro Senhor padre, o colocarão bem à vontade, tanto para o bom jovem designado em sua carta como para outros, se houvesse que quisessem seguir o exemplo dele.

 

Quanto a um padre, no caso de haver um que se apresentasse também com a mesma inspiração, em toda a medida do possível, as disposições a serem tomadas para uni-lo à Congregação seriam subordinadas às necessidades de sua situação. Nas condições ordinárias, um tempo de noviciado um pouco prolongado tem uma grande utilidade para assimilar o espírito da família e apegar-se a ela pela vida comum; mas as circunstâncias podem, às vezes, tornar difícil um afastamento demorado demais dos lugares e das coisas às quais se está acorrentado. Nesse caso, alguns meses talvez, durante os quais se proporcionaria uma substituição provisória nas obras que se deveria deixar, poderiam ser o bastante, a rigor, para cimentar a união que se quereria operar. Tenho confiança, caro Senhor padre, que, no caso de dever realizar-se a hipótese, para você em particular, seria fácil entendermo-nos sobre esse ponto como sobre todo o resto. Vou pedi-lo a Deus, e consideraria essa disposição como uma marca a mais de suas misericórdias para com nossa pequena família.

 

Você ficará sabendo com satisfação, penso eu, que, segundo os avisos de Sua Eminência e de várias outras pessoas muito esclarecidas, achei dever entrar no santo ministério; já fui admitido às primeiras ordens, até o diaconato inclusive, e devo ser ordenado padre no próximo Natal. Peço-lhe bem instantemente o socorro de suas orações e sacrifícios, contando bem que você não irá me recusar isso. Não esquecerei, de meu lado, diante de Deus, você, nem seus queridos jovens, nem suas obras; isso será um primeiro laço, penhor de uma mais inteira e mais perfeita união.

 

Sou, com sentimentos respeitosos e devotados, em Jesus e Maria,

 

Seu humilde servo e irmão

 

                                   Le Prevost

 





313 Nascido em Metz, no dia 12 de janeiro de 1823, Louis Risse é ordenado padre em 1846. Estabelece logo a Obra dos jovens operários de Metz. Será no Congresso de Angers, em 1858, que conhecerá e apreciará o Instituto. Pronunciará seus primeiros votos no dia 21 de dezembro de 1861 e tornar-se-á professo perpétuo em 1871. A anexação da Alsace-Lorraine, após a guerra de 1870, tornará difíceis as relações com a obra de Metz. Essa última será até fechada em 1874. Será de novo aberta em 1881, e o Sr. Risse lhe consagrará suas últimas forças. Morre com 63 anos, no dia 6 de dezembro de 1885.





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