Consolação
nas provações. Conselhos de benevolência e de apoio a dar aos vigilantes.
Vaugirard,
22 de janeiro de 1861
Caro
Senhor padre e filho em N.S.,
Partilho
sinceramente sua pena e sinto com você o peso das dificuldades que você
encontra tantas vezes para manter sua obra na ordem e na paz. Somente Deus pode
consolá-lo como convém, caro Senhor padre, de todas essas tribulações que você
aceitou por Ele. Peço-Lhe para derramar em você o espírito de força, de
paciência e de longanimidade que requer uma situação tão dolorosa. Tenho
confiança que Ele continuará dando-o a você e que, no dia a dia, seu socorro
lhe será sempre presente.
Não
posso absolutamente apreciar, não estando nos locais, os poucos embaraços que
experimenta de seu lado o Sr. Alphonse [Vasseur]; deixo à sua prudência e à sua
caridade o cuidado de apoiá-lo o melhor possível e fortalecer sua autoridade
enquanto as circunstâncias o permitirem. A posição de um vigilante como
ajudante é sempre muito difícil e pede muita abnegação; não devemos ficar
surpreendidos se, às vezes, nessa condição, acha-se o cargo um pouco pesado e
se vem a tentação, em suas penas, de queixar-se um pouco de tudo e de todos.
De
resto, para tentar firmar bem o Sr. Alphonse e recolocar a calma em seu
espírito, vou mandar o Sr. Myionnet passar alguns dias perto de você. Acho que
seus colóquios com esse jovem irmão terão por resultado trazê-lo de volta aos
sentimentos de boa vontade e de reta intenção que voltam facilmente para seu
coração.
Acho
que quinta ou sexta-feira, ao mais tardar, o Sr. Myionnet poderá chegar em sua
casa. Espero que, com o auxílio do Senhor, de quem não cessaremos de invocar a
graça, sairemos bem dessa pequena provação.
Adeus,
caro Senhor padre. Continuemos sendo bem unidos na caridade do divino Salvador
e guardemos boa confiança; será que, alguma vez, ele abandonou os seus?
Seu
todo afeiçoado amigo e Pai em Jesus e Maria
Le Prevost
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