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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 701 - 800 (1860 - 1861)
    • 748 - ao Sr. Risse
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748 - ao Sr. Risse

Falecimento do Sr. de St Bedan, um modelo de religioso. O Sr. Le Prevost exprime o desejo de entrar em relação com o bispo de Metz. Diante da recrudescência do mal, necessidade da união.

 

Vaugirard, 23 de fevereiro de 1861

 

Caríssimo Senhor padre e filho em N.S.,

 

Estou bem atrasado para dar-lhe notícias nossas e para responder à sua boa carta do meio deste mês; fiquei indisposto durante uns dez dias por um tipo de gripe que me tornava quase incapaz de toda aplicação. Desde então, um de nossos irmãos, o mais santo de todos, Sr. Olivier Urvoy, antigo amigo meu, que, há três anos, viera se juntar a mim em Comunidade, caiu doente e, após alguns dias de doença apenas, foi chamado de volta pelo Soberano Mestre. Não preciso dizer-lhe, caro Senhor padre, quais solicitudes e que aflição nos causou esse triste acontecimento; uma só consolação nos resta, é a lembrança das virtudes, é a vida santa e o fim admirável de nosso irmão. Levou para tão longe, durante sua estada entre nós, o espírito de obediência, de abnegação, de pobreza, de amor da regra que ficamos persuadidos de que ele é para nós um perfeito modelo como religioso; nossos irmãos se sentem inspirados a rezar em união com ele e esperam que seus pedidos vão encontrar melhor assim graça diante de Deus. Peçamos por nós, caro Senhor padre, que seu lugar não permaneça vazio e que, se um santo nos foi tirado, outros santos se formem e sejam enviados para a Comunidade.

 

Seus dois bons jovens vão muito bem e auguramos bem de seu futuro; puseram-se cordialmente a acompanhar os exercícios de comunidade, como os trabalhos; são alegres, abertos e parecem ambientar-se perfeitamente ente nós; acho que o solo de Metz será muito próprio para nos preparar bons e dedicados sujeitos; parece-me que por lá se tem o espírito firme, se entende a grandeza e a beleza do serviço de Deus e não se recua diante de um generoso sacrifício para se dar a Deus.

 

Seria muito feliz por entrar em relação com Monsenhor de Metz e estou muito disposto a escrever-lhe; não sei bem presentemente em que sentido fazê-lo, porque não lhe perguntei bastante particularmente quais haviam sido seus colóquios com ele concernente à Comunidade. Vou tentar, no entanto, escrever algumas palavras de respeito, de gratidão e de boa confiança no futuro.

 

Os que pertencem a Deus têm necessidade de unirem-se hoje mais intimamente do que nunca e de confirmar em si a santa esperança; os esforços do inimigo para arrancar a nas almas tornam-se tão furiosos, tão persistentes que se sentiria um tipo de pavor se a palavra eterna não estivesse ali para firmar os corações; guardemos a confiança, caro Senhor padre, trabalhemos sem cessar a sustentar nossa santa causa, o Deus forte saberá, como sempre, tirar sua glória do zelo de seus fiéis servos como da perversidade de seus inimigos. Nosso papel, quanto a nós, é perseverar na oração, no trabalho e na esperança.

 

Aqui, não temos nada de novo, nem no interior, nem em nossas obras; não deixarei de mantê-lo informado de tudo o que poderia oferecer algum interesse, nossos trabalhos sendo comuns doravante, devemos procurar nos ajudar uns aos outros pela comparação de nossos esforços e de nossos meios. Escreva-nos de seu lado, caro Senhor padre, ou peça para alguém nos escrever, dê-nos todos os detalhes que nos poderão iniciar às suas obras como a tudo o que diz respeito à sua cara roda íntima; faço votos para que nossa vida como nossos sentimentos tendam a essa unidade que o Senhor pediu para os seus e que outra coisa não é a não ser sua adorável e divina caridade.

 

Adeus, caro Senhor padre; acredite bem que você tem em nós amigos e irmãos; nos entendemos com você como se nunca tivéssemos estado em outra situação que hoje, um mesmo espírito nos anima e tendemos certamente ao mesmo fim.

 

Abraço-o em nome de todos e sou, com uma respeitosa afeição;

 

Seu amigo e Pai em Jesus e Maria

 

                                   Le Prevost




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