O Sr. Le
Prevost lamenta o peso dos cargos da Comunidade, em consideração a seus meios.
As necessidades da obra de Arras.
Vaugirard,
29 de abril de 1861
Caro
Senhor padre e filho em N.S.,
Nosso
irmão, Sr. François [Le Carpentier], me manifestou o desejo de passar uns
quinze dias em Paris, a fim de cuidar de alguns negócios que interessam muito
particularmente sua família. Não pude recusar, seus motivos me tendo parecido
realmente graves. Não fica decidido até agora que ele não voltará a Arras,
embora ele me tenha feito muitas objeções sobre as dificuldades que a fraqueza
de sua vista lhe causa para a vigiar as crianças. Acho que ele exagera para si
a pouca importância de seus serviços em Arras. Ele os conta quase como nada. Você parece,
caro Senhor padre, julgar diferentemente o caso. Veremos, durante os dias que
ele passará aqui, o que for melhor, no interesse de sua obra e desse mesmo bom
irmão. Muitas vezes, examinei se nos seria absolutamente impossível dar-lhe um
irmão eclesiástico que lhe seria, como você me disse muitas vezes, de um grande
socorro. Pensarei nisso de novo diante de Deus, nossos cargos são tão pesados,
em consideração a nossos fracos meios!
Esta
carta, acho, lhe será entregue pelo Sr. Clément. Espero que ele possa ser-lhe
um pouco útil. Vou pedir ao Sr. Lantiez, que o acompanhou de perto, para
indicar a você, por algumas palavras, em que função ele poderia
convenientemente ser empregado. Uma vez traçado seu regulamento e indicadas
suas ocupações, agradecerei a você por fazer questão que ele seja fiel a essas
determinações. Não fraquejaremos e exigiremos com você que ele seja-lhe um
pouco útil; ele terá boa vontade para isso, espero; ele é ordenado, tem
exatidão, é piedoso e é sempre perfeito no modo de se apresentar.
1o
de maio. No momento em que o Sr. Clément parte, procuro inutilmente esta carta
que achei somente depois que ele saiu, mando-a, então, pelo correio. Vamos
levar em conta atentamente as observações que você me fez e procuraremos
satisfazer às necessidades de sua obra, tão bem como pudermos.
Todo
o mundo aqui o assegura de seus sentimentos afetuosos e se junta a mim para
abraçá-lo em Jesus e Maria
Seu
todo devotado amigo e Pai
Le Prevost
Não
esqueço o desejo que você teria de vir fazer um pouco de retiro. Veremos se o
Sr. Lantiez ou o Sr. Myionnet poderiam, daqui a um certo tempo, escapar-se
durante alguns dias para dar-lhe possibilidade de tomar algum repouso para a
alma e para o corpo.
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