Assistência
manifesta da Providência para nossas obras; o que agrada ao Sr. Le Prevost na
obra de Arras; o Sr. Planchat deve dar ajuda espiritual aos irmãos.
Chegada em Vaugirard de dois jovens vindos de Metz.
Vaugirard,
4 de junho de 1861
Caro
Senhor padre e filho em N.S.,
Nossa
volta se efetuou sem dificuldade nem acidente nenhum. Estamos, em tudo,
satisfeitos com nossa viagem que nos deu muitas ocasiões de admirar as
misericórdias de Deus para com nossa Comunidade e suas obras. As coisas, com
efeito, vão bem em Amiens, no conjunto, apesar dos cargos que pesam sobre os
irmãos e, sobretudo, sobre o Sr. Caille. Evidentemente, é preciso de uma ajuda
incessante da Providência para remediar isso. Conseguem-se ali, porém, felizes
resultados. As crianças internas vão bem e as de fora têm um apoio
verdadeiramente útil durante o tempo de sua aprendizagem. Há, sem dúvida,
aperfeiçoamentos a esperar do tempo, mas, com a graça de Deus, virão.
Trouxe
também da casa de Arras uma ótima impressão. Ela guarda seu bom espírito, sua
pobreza que acho, na obra que está fazendo, um dom de Deus, sua dedicação e
seus hábitos de família. Ela é uma escola de abnegação para os que nela exercem
funções, ela lhes merecerá, espero, graças para o futuro, como obteve pelo
passado.
O
Sr. Alphonse [Vasseur] se restabelece aos poucos. Como o irmão Henry [Guillot]
em Amiens, se encontrava indisposto e muito cansado, o Sr. Caille me pediu para
mandar-lhe, em ajuda provisória, o irmão Alphonse. Saiu para lá, com efeito, há
dois dias. Lamentei um pouco essa decisão, porque uma estada um pouco
prolongada aqui podia ser útil ao irmão Alphonse. Mas se, como espero, a saúde
do irmão Henry se firmar logo, chamaremos de volta o outro para cá para
ocupá-lo aqui até decisão sobre sua destinação definitiva.
Ficaria
bem feliz se nosso bom padre Planchat estivesse logo a Amiens para dar ali
alguns cuidados espirituais aos nossos irmãos. Parece-me que, cada vez que ele
chegar ali, ele deveria fazer-lhes uma pequena instrução, a todos juntos, sobre
suas obrigações, deveres de estado, e, em seguida, ver cada um em particular,
em um tipo de direção, evitando, no entanto, tudo o que poderia contrariar o
Sr. Caille e pareceria infirmar sua autoridade.
Como
vai o Sr. Clément? Seu espírito entra na calma? Tenho dó dele, tenho medo de
que encontre dificilmente seu lugar com a singularidade de sua natureza. Desejo
ajudá-lo, mas na medida, todavia, em que não aparecer absolutamente impróprio
às obras e aos exercícios da Comunidade.
Não
temos nada de novo aqui. Dois jovens [Pierre Reisdorfer e André Brouant]
chegaram entre nós durante minha ausência, mandados pelo Sr. padre Risse. Eles
parecem bem feitos para nós e tomam bem seu lugar. Esses quatro sujeitos vindos
de Metz têm todos o seu valor; é, acho, um bom terreno que poderá nos dar
irmãos. O Sr. Risse, de seu lado, é excelente; é um padre eminente em piedade,
em virtude, em dedicação; bendigamos a Deus que o conduziu a nós.
Adeus,
caro Senhor padre, fiquei comovido por seu bom e cordial acolhimento. Fiquei
contente também pela boa vontade de suas crianças; recomendo-me às suas orações
e guardo também delas boa lembrança diante de Deus.
Assegure,
por favor, nossos irmãos de meus sentimentos afetuosos e acredite, você mesmo,
caro Senhor padre, no respeito e no devotamento com os quais sou
Seu
afeiçoado amigo e Pai
Le Prevost
P.S.
Acho que você tem o Sr. Houriez e que ele lhe traz um notável alívio; ficarei
sabendo com alegria que você acha assim mais descanso e liberdade.
Não
esqueço as pequenas pensões do Sr. Clément e do Sr. Maillard, nem os dois anjos
para a capela.
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