Colocação
de um jovem de Arras reconhecido como impróprio para a vida religiosa.
Vaugirard,
10 de setembro de 1861
Caro
Senhor padre e filho em N.S.,
Nosso
jovem Théron, após experiência prolongada e exame atento diante de Deus, não
encontra em si, definitivamente, energia suficiente para dar-se ao
serviço do próximo numa obra de zelo e de dedicação. Temos, portanto, que
colocá-lo na situação melhor e mais segura para ele. Receamos muito Paris e
seus perigos, o veríamos com muito mais tranqüilidade voltar para perto de você
e procurar, sob seu olhar, meios de existência que seria certamente fácil para
ele achar, sendo que ele tem a mão muito hábil e seria, desde que o quisesse,
um operário muito esperto. O que lhe falta é a coragem para trabalhar, é
preciso que a necessidade de ganhar seu sustento o incite; a dedicação e os
motivos sobrenaturais não bastam para empurrá-lo. Ele guarda, aliás, uma
piedade bastante constante e não nos deixa nada a falar para a conduta. Queira
me informar quanto antes, caro Senhor padre, se está vendo algum meio de
colocá-lo ao seu redor ou se, contra o nosso desejo, temos que colocá-lo em Paris. Acho que ele
voltaria de bom grado para Arras.
Toda
a nossa pequena família o assegura de sua afeição, o padre Risse com os outros
e eu como eles, sou bem cordialmente todo seu em Jesus e Maria.
Le Prevost
Boa
lembrança, em particular, a nosso caro padre Planchat; não pensamos, por
enquanto, em tirá-lo de você.
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