Necessidade
do repouso após o trabalho. Confissões do P. Planchat em Amiens.
Vaugirard,
15 de setembro de 1861
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
Estou
bem longe de censurar o pensamento que você teve de tomar um pouco de repouso;
ao contrário, lamento que ele tenha sido tão breve; um pouco de relaxamento é
necessário para o espírito como para o corpo; Nosso Senhor, ele mesmo, dizia a
seus apóstolos depois de seus trabalhos: Venham, retiremo-nos num lugar isolado
e descansem um pouco. Estou satisfeito também que o irmão Marcaire tenha podido
acompanhá-lo, ele parece ter-se dado bem com esse momento de paz e de desafogo
na presença dos grandes espetáculos da natureza; o Deus a quem servimos é bom,
faz tudo concorrer para o nosso bem quando procedemos reta e simplesmente em
nossos relacionamentos com Ele.
O
Sr. Planchat me pediu duas vezes para autorizá-lo a solicitar para si o poder
de confessar em Amiens.
Veja o que lhe parece desejável. Temo somente, se ele
confessar os irmãos, que estes deixem de lado demais o Sr. Pároco de Santa Ana
que cessará então de cuidar deles e de dar-lhes seu interesse. Parece-me que,
pelos conselhos de direção espiritual, o Sr. Planchat pode, em geral, entrar
bastante intimamente em relação com os irmãos e que ele teria de confessá-los
somente acidentalmente. Para a confissão de outras pessoas de fora, ele está
por tempo limitado demais e dispondo de liberdade demasiadamente pouca para
poder, bem utilmente, aceitar penitentes ali; acho que seria uma combinação
errada, veja, no entanto, o que é melhor.
Nosso
retiro realizar-se-á, esperamos, no começo de outubro, o dia ainda não está
fixado.
Adeus,
caríssimo amigo, mil afeições a nossos irmãos e meus bem devotados sentimentos
para eles e para você.
Seu
amigo e Pai
Le Prevost
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