O pessoal
da casa de Amiens. Maximin Giraud de visita em Vaugirard.
Vaugirard,
20 de setembro de 1861
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
Penso
com você que não há, presentemente, urgência em pedir poderes em Amiens para
nosso caro padre Planchat; acho também que não é necessário que ele visite o
Sr. Victor [Trousseau, no Seminário Menor de Montdidier] tantas vezes como ele
pensa; uma ou duas viagens, com intervalo de um mês, podem ser úteis por
enquanto, a fim de distrair e encorajar esse menino que, necessariamente, deve
ter um pouco de saudade, mas, uma vez que estiver bem restabelecido, os
intervalos poderão ser ampliados; você resolverá, aliás, a coisa, estando em
melhores condições para julgar o caso.
O
Sr. Lantiez respondeu para o pedido feito pelo Sr. Victor.
Acho
boa sua maneira de manter a ordem de sua casa. O próprio Sr. Alphonse [Vasseur]
entenderá, espero, refletindo melhor, que tudo está bem assim, seus pequenos
descontentamentos cairão; no fundo, ele tem coração e boa vontade, a graça de
Deus lhe virá em auxílio.
O
jovem [Thénon] de quem lhe falou o Sr. Planchat está sempre no meio de nós; ele
é manso de maneiras, bastante piedoso, muito hábil no trabalho, mas falta de
dedicação, a nosso ver, e de coragem para trabalhar. Não acharia necessário que
morasse em sua casa, se você vê nisso a sombra de um inconveniente. Ele é
bastante hábil como marceneiro para ganhar sua vida fora. Ele poderia,
portanto, ir somente às reuniões da semana e do domingo. De resto, iremos com
ele até o retiro, ainda não lhe temos falado de sua mudança; não vemos nele
vocação bem indicada, é o que nos leva a lhe aconselhar a vida ordinária.
Você pode ter toda confiança no Sr. Gustave
[Marinier], respondemos dele para você. Se o Sr. Thénon pôde dizer, o que
ignoro, que a Comunidade não encontraria nele um grande vigor, ele estava com a
razão, mas certamente não disse nada mais; o Sr. Gustave podia não ter o
suficiente para a função muito difícil e muito pesada que se tratava de dar-lhe
em Sainte-Mélanie; mas, num oficio menos importante, ele pode prestar serviços
reais; ele é piedoso, tem boa vontade e, um pouco encorajado, ele irá bem em
toda a parte. Tenha a certeza de que o Sr. Thénon não pôde dizer nada em
sentido diferente; se o tivesse feito, teria sido mal informado: o Sr. Carment
acompanhou de muito perto esse jovem durante vários meses em Sainte-Mélanie e
ele presta o melhor depoimento sobre ele; os Irmãos, que sua saúde o havia
obrigado outrora a deixar, lhe escreveram que estavam dispostos a retomá-lo
Adeus,
meu excelente amigo, mil afeições aos nossos irmãos. Tivemos ontem uma amável e
piedosa solenidade na capela de Nossa Senhora da Salete; Maximin [Giraud],
momentaneamente em Paris, nos visitou à tarde.
Seu
todo afeiçoado amigo e Pai
Le Prevost
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