A respeito
do pessoal de Nazareth.
15
de janeiro de [1862]
Caríssimo
filho em N.S.,
Suas
inquietudes não têm, no que me diz respeito, o mínimo fundamento; não sei o que
pôde fazer o Sr. Paillé pensar que eu não tivesse lembrança das necessidades da
obra dos Jovens Operários. Se foi o envio que lhe fiz de um jovem postulante
[Louis Rémond], ele entendeu completamente mal minha intenção; coloquei esse
jovem perto de vocês unicamente para ter o tempo de examinar suas aptidões e
disposições antes de colocá-lo no noviciado; é uma transição de duas, três ou
quatro semanas. Procurem empregá-lo de comum acordo um pouco utilmente; meu
pensamento lhe é favorável, lamentaria que ele fosse deixado de lado em sua
casa.
Quanto
ao Sr. Boucault, não sei, de jeito nenhum, suas intenções; ele vai fazer um
pequeno retiro; acho que se deve fazer-lhe cordial acolhida e atraí-lo devagar
ao que seria verdadeiramente sabedoria e razão para ele, mas evitar apressá-lo
vivamente porque, assim, ele seria jogado numa corrente contrária; ele gosta
muito de sua liberdade, precisamos não lhe impor demais projetos e sentimentos.
Tenho motivo para temer que a vida aventurosa que ele acaba de levar lhe tenha
dado o gosto de continuar e que ele não aceite a perspectiva de uma vida mais
calma e mais sensata.
Adeus,
amigo, mil afeições em N.S.
Seu
amigo e Pai
Le Prevost
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