Como
impedir a Santa Família de Saint-Sulpice de extinguir-se.
Vaugirard,
17 de janeiro de 1862
Meu
excelente amigo,
Os
Srs. Bourbon e Paillé me dizem que a Santa Família de Saint-Sulpice está com
graves problemas e que ela declina sensivelmente. Eles pensam, com várias
outras pessoas que também conversaram comigo sobre isso, que seria totalmente
urgente reerguê-la, dando-lhe um Presidente novo que cuidasse dela e a
restabeleça. Aquele que é designado para dirigi-la está habitualmente ausente e
não lhe imprime movimento nenhum. Pareceria-me bem oportuno que você pudesse
orientar um pouco sua atenção, eu sei, já bem carregada, para esse lado. Se
nosso excelente amigo, o Sr. Frion, pudesse dar alguns cuidados a essa obra,
mesmo que fosse para tempo limitado, ele a salvaria de sua ruína. A Santa
Família fez muito bem no bairro Saint-Sulpice; a biblioteca, a caixa dos
alugueis, o forno, etc. são ligados a ela; tudo isso sofrerá e languirá mais ou
menos se a Santa Família cair, e a casa dos Idosos também desorganizar-se-á.
Espero que esse pensamento chame a atenção de nosso amigo, Sr. Frion, e o
decida, se você achar bom, a fazer um esforço para reerguer essa obra já antiga
e que parecia ainda ter futuro. Parece-me também que, para sustentar o moral
das Conferências, seria muito desejável que não vissem suas obras declinarem e
extinguirem-se; entrego, meu excelente amigo, essas reflexões à sua caridosa
atenção, bem seguro de que, se algo for possível para o bem, você o fará
certamente.
Seu
todo afeiçoado amigo e irmão em N.S.
Le Prevost
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