Alistamento
para um postulante. Irregularidade da correspondência que escapa ao Superior.
Não fazer as coisas de que se gosta, de preferência às de que se é encarregado.
Dever de poupar suas forças.
Vaugirard,
4 de março de 1862
Caro
Senhor padre e filho em N.S.,
Nosso
jovem amigo, Auguste Leduc, teve como quinhão um número bastante bom, não
bastante adiantado, no entanto, para que se tenha certeza absoluta de sua
isenção. Cuidamos das diligências a serem feitas nesse sentido, ou antes, as
continuamos, já tendo escrito e feito diversos movimentos com essa finalidade.
Há todos os motivos para esperar que, seja por seu número, seja por suas causas
de isenção, ele será posto fora de toda solicitude. Peço-lhe, no entanto, para
dar-lhe esses detalhes animadores, porque eu soube pelo Sr. Planchat que ele se
atormentava mais do que convém com esse negócio de alistamento. Fiquei sabendo
com pesar, pela mesma via, que esse pobre menino, embora reto e simples em sua
fé e sua boa vontade, erradamente correspondia com o Sr. Clément que lhe
escreve posta-restante. Há nisso uma falta de confiança e de obediência
que nos contristou vivamente aqui. Nos interessamos com esse menino que tem
algumas qualidades felizes e veríamos com tristeza que ele se afastasse do
caminho reto, o que não deixaria de acontecer se ele se criasse assim, fora de
seus Superiores, relações das quais não se saberia esperar nada de bom, a
conduta do Sr. Clément, em Arras, nos tendo demonstrado que ele não tinha nem
bom senso nem elevação de coração. Peço-lhe, caro Senhor padre, para fazer
algumas advertências a nosso jovem Auguste e para fazer-lhe entender como atos
semelhantes o afastam do fim de sua vocação.
Vi
com prazer que nosso jovem Brice, restabelecido de sua indisposição, pega bem
em Arras e poderia prestar-lhe úteis serviços. Ele é, em geral, muito bom
menino, precisando somente ser acompanhado um pouco do olhar para não preferir
às vezes às tarefas necessárias algumas ocupações que podem ser do seu gosto;
excetuando essa pequena disposição, de resto muito diminuída desde que se
tornou homem, não acho que você tenha algo a lhe censurar; aqui, ele não nos
deu nenhum motivo de descontentamento. Será bom também que ele não cultive
muito as pessoas conhecidas de fora. É um perigo para os sujeitos que estão
colocados na sua região natal.
O
Sr. Planchat me diz que é preciso recomendar a você que tome mais cuidado de
sua saúde que está bem abalada, em conseqüência de seus cansaços. Peço-lhe bem
instantemente, caro Senhor padre, para usar suas forças somente de modo
moderado; é preciso que durem ainda muito tempo para o bem de sua obra, a
edificação de suas crianças e a consolação de nossa pequena família.
Mil
boas lembranças de todos daqui, do Sr. Carment em particular, e dos que
trabalharam perto de você. Mil afeições também para os nossos irmãos que abraço
afetuosamente.
Seu
todo devotado amigo e Pai
Le Prevost
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