Envio de um irmão alemão à obra de Sainte Anne;
necessidade de um acolhimento confiante da parte dos Confrades.
Vaugirard,
17 de março de 1862
Meu
excelente amigo,
Acho
que poderemos dar-lhe para Sainte-Anne, com o jovem Moutier, o Sr. Emes, um
bravo e digno Alemão que nos veio de Cologne há mais de dois anos através do
Sr. Kesseler, que está presentemente em Paris, acho. É um homem maduro, de um
notável bom senso, dedicado ao dever como não é ordinário ser; ele tem contra
si apenas seu sotaque alemão extremamente acentuado, mas, com a assistência do
jovem Moutier, esse inconveniente será pouco grave, posto que há, me dizem, em
Sainte-Anne, um certo número de Alemães que sua presença poderá atrair. Estou
dando-o a você como um homem de um valor real. Conto também que, durante os
primeiros tempos, o Sr. Emile [Beauvais] ou o Sr. Myionnet os acompanhará para
ajudá-los a conhecer as crianças e a se fazer amar por elas.
Desejo
muito, meu bom amigo, que você previna nossos Confrades e amigos de São Vicente
de Paulo e que os disponha favoravelmente, a fim de que aceitem os serviços de
nossos irmãos, como os oferecemos nós mesmos, em toda simplicidade de coração e
espírito de caridade; não queremos absolutamente nada mais do que o bem das almas,
pedimos influência e posição somente na medida em que são necessárias para agir
utilmente, mas nada de bom se pode fazer sem cordialidade e benevolência
recíprocas; se tivéssemos que encontrar desconfianças, reservas, preconceitos,
conseguiríamos com muita dificuldade dar uma colaboração eficaz; acho,
portanto, que é bem essencial que você sonde atentamente o terreno e veja se
realmente seremos aceitos e francamente acolhidos.
Acredite
bem, meu bom amigo, em todos os meus sentimentos de fraterno devotamento em
N.S.
Le Prevost
|