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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 801 - 900 (1861 - 1863)
    • 826 - ao Sr. Risse
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826 - ao Sr. Risse

Reflexões sobre a velhice. O Patronato de Sainte-Anne. Chegada do Sr. Audrin. Visita do padre Braun. Uma comunidade não deve depender de seus benfeitores. O Santíssimo Sacramento na obra de Metz.

 

Vaugirard, 24 de março de 1862

 

Caríssimo padre e filho em N.S.,

 

Não ficará muito bem se eu exortá-lo a nos escrever mais vezes, já que eu mesmo sou tão vagaroso em minhas correspondências; os anos são a causa disso; os movimentos dos idosos tornam-se pesados e a atividade de seu espírito desfalece ao mesmo tempo; portanto, caríssimo amigo, indulgência e suporte para com esses pobres velhos servos que o Senhor guarda em sua casa ainda por um pouco de tempo a fim de que os jovens amadureçam e que eles mesmos sejam menos imperfeitos para o Céu. De resto, não temos acontecimentos notáveis; tentamos, desde ontem somente, prestar nossos serviços no patronato de Sainte Anne, situado no bairro da Roquette; ele é muito numeroso, quase 300 crianças, e até agora não constituído de forma alguma; teremos êxito, faremos algum bem ali? Você o pedirá conosco ao Senhor que é o único que pode nos dar graça e capacidade para agir. O Sr. Emile [Beauvais] e o jovem Moutier, aluno do Sr. Maignen, começam esse empreendimento, sem, porém, se destacarem de Vaugirard onde o primeiro é necessário e onde o secundo precisa ficar ali com folga, sendo que seu noviciado começou somentedois meses. Um outro sujeito [Sr. Audrin] jovem operário de Nazareth, com 24 anos de idade, tendo valor em virtude, em inteligência, em experiência, acaba também de entrar no Noviciado, temos boa esperança a seu respeito.

 

O padre Braun escapou-se, no meio dos exercícios de uma missão, e veio nos ver às escondidas; sempre um pouco tímido para se arriscar, mas, porém, ele saiu muito contente, me disse ele, e completamente decidido a vir a nós pela época do Bom Pastor. Reze sempre bastante por ele e por nós; Deus o envolveu nessa vocação, Ele tencionou, seguramente, que você contribua por seus méritos para trazê-lo a algum final feliz num sentido ou noutro.

 

Você me pediu, com nosso irmão Georges [de Lauriston], um parecer sobre seus relacionamentos financeiros com seu Conselho de administração. Não posso responder muito mais do que por considerações de ordem geral. É bom, de costume, que uma comunidade não seja dependente, nos pormenores, das pessoas de fora que, raramente, têm o espírito bastante amplo para não tornar sua intervenção mesquinha, enredadora, embaraçante; mas, o que é freqüente pode às vezes não existir: alegra-me pensar que é assim em Metz. Pode também haver dificuldade e inconveniente em voltar para trás, se já você adiantou-se por comunicações que já são uma sorte de laço com esses Senhores. Não posso julgar a situação de outra forma, não a vendo com meus próprios olhos; você estará mais em condições, de seu lado, para assentá-la conforme as circunstâncias puderem pedi-lo. Ficarei sabendo com prazer da decisão que tiver tomado.

 

Nosso caro Sr. André [Brouant] vai bem; ele está muito mais à vontade aqui do que em Metz, onde as críticas destes, as observações daqueles o põem em inquietude e alarmam sua consciência; bem esclarecido aqui sobre o plano de Deus a seu respeito, ele anda bem direto e constantemente. Os outros vão bem também; o Sr. Leon [Guichard] em Amiens satisfação, Ferdinand [Bosmel] sempre bom menino, Sr. Pierre [Reisdorfer] sempre um pouco a arrastar-se em saúde, vai indo, no entanto, com um pouco de esquisitice e originalidade de espírito.

 

Alegro-me com você de que tem enfim o Santíssimo Sacramento. A casa terá seu verdadeiro Superior; quanto a você, caro amigo, será seu representante, fará esforços para que sintam bem que Ele fala através de você, age através de você, que sua caridade, seu divino Espírito o anima, é a alma de sua alma; vou pedir-Lhe essa graça que será a verdadeira e definitiva fundação de sua obra.

Todos aqui o amam com uma cordial afeição; a pequena casa de Metz, a caçula, não é nem a menos acompanhada com o olhar, nem a menos querida pelo coração.

 

Abraço-o em N.S. e na Santíssima Virgem, nossa Mãe, e também em São José, nosso Padroeiro.

 

Seu todo afeiçoado Pai e amigo

 

                                   Le Prevost

 

Não poderei escrever hoje ao irmão Georges, o farei logo. Nosso retiro é adiado para a semana que segue o Bom Pastor.

Mil respeitos à sua querida família, não deixe, quando se apresentar a ocasião, de me dar sempre notícias dela.

 

 

 




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