A respeito
de um perseverante, Sr. Cauroy. Necessidade de ter horas fixas para a direção
dos irmãos. Autorização concedida para uma devoção a São José.
Vaugirard,
27 de março de 1862
Meu
excelente amigo e filho em N.S.,
Lamento
não responder sempre às suas cartas com tanta exatidão como seria desejável.
Encontrei-me bastante carregado neste inverno, o Sr. Lantiez estando muito
habitualmente ausente, e o Sr. Faÿ estando também, ou em Saint Charles, ou
muito ocupado. Não ficava menos, por isso, bem unido de espírito com você; se
deixei sem resposta algumas de suas recomendações, é que a força de atenção me
faltava para acompanhar muitas coisas de pormenor e que elas, em grande número,
vinham me cercar.
No
que toca a seu pedido a respeito de um jovem perseverante [Cauroy] que você
desejaria fazer estudar, ele seria bem novo para que iniciemos essa
experiência; a pessoa que nos deu uma pequena ajuda para essa parte de nossa
obra só aceita minhas proposições para os meninos de 16 anos, o seu está
somente com 14 anos, seriam dois anos de carga para nós, o que é demais; se
você tivesse achado recursos para pagar um primeiro ano, teríamos, acho,
assumido a carga de um secundo; de outra forma, estamos endividados demais para
empreender essa obra sem nenhum socorro assegurado.
O
retiro só começará, acho, no domingo 11 de maio à noite, nossos irmãos tendo
pedido unanimemente que as festas da Páscoa fossem terminadas antes de tudo.
O
Sr. Lantiez vai mandar-lhe seus poderes com a cópia do breve de nossas
indulgências.
Desejo
muito que você faça estudar regularmente o Sr. Jean [Gauffriau]; parece quase
certo que o Seminário de Amiens não se prestará a admiti-lo para as aulas.
O
Sr. Caille desejaria vivamente, e isso me pareceria bom, que as pequenas
direções e instruções que você faz em Amiens tivessem suas horas determinadas,
porque os irmãos tirariam assim delas mais vantagem, não estando atrapalhados
em suas ocupações e se colocando assim mais tranqüilamente nesses exercícios
espirituais.
Aceito
de bom grado que você se agregue ao Culto perpétuo de São José; todos temos uma
sincera devoção a esse grande Santo; neste momento, as Confrarias
multiplicam-se em sua honra; em Beauvais, os Irmãos das Escolas têm um
privilégio para uma arquiconfraria; aqui, a pequena folha que você nos enviou
de Arras está reproduzida quase sem mudança para uma associação geral tendo o
mesmo fim. Fizemos durante o mês todo um pequeno exercício especial na capela
de São José todos os dias.
Adeus,
caríssimo amigo, não posso, lamento-o muito, escrever-lhe mais extensamente;
assegure bem o Sr. Halluin e todos os nossos irmãos de minha terna afeição, e
acredite, você mesmo, nos sentimentos de cordial devotamento em Jesus, Maria e
José de
Seu
amigo e Pai
Le Prevost
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