Pêsames ao
Sr Halluin que acaba de perder seu irmão. O Sr. Roussel não pode ausentar-se de
Grenelle.
Vaugirard, 13 de junho de 1862
Caro
Senhor padre e filho em N.S.,
Fico
sabendo, por nosso bom padre Planchat, da pena de família que acaba de lhe ser
enviada pela divina Providência. Não preciso dizer-lhe como tomamos parte nela,
sendo que já colocamos tudo em comum, penas e alegrias. Nossa sincera afeição
por você nos faz, portanto, sentir quanta necessidade você tem, nesta
circunstância, da cordial simpatia dos que o amam, e, sobretudo, das consolações
que Deus reserva aos seus nas horas de provação. Nós o suplicamos instantemente
para que sustente você e os seus, e, sobretudo, para que assista sua irmã
doente em seu sofrimento e proteja, sobretudo, os caros filhos que se tornam
órfãos. Oferecerei por seu bom irmão, e na intenção de sua família, o Santo
Sacrifício e recomendarei a nossos irmãos eclesiásticos dar-lhe esse testemunho
de sua afeição. Nossos irmãos da Comunidade rezarão todos juntos neste mesmo
fim.
O Sr. Lantiez me diz que ele acaba
de avisá-lo de que parecia bem difícil mandar o Sr. Roussel para seu retiro de
primeira comunhão; ele tem medo de que, neste momento, uma ausência dê lugar a
interpretações insensatas como a do Sr. Planchat. Temos, infelizmente, algumas
más vontades ao redor de nós, dispostas a explorar com malícia os menores
incidentes. Para mim, estou inclinado a não levar muito em conta essas vistas
maldosas, e a andar simplesmente para os nossos fins, mas esses Srs. de
Grenelle acham que um pouco de prudência não é de se desprezar.
Tenha
bastante bondade, caro Senhor padre, para agradecer o Sr. Planchat por sua
carta e dizer-lhe que o Sr. Carment cuida da encomenda que ele fez na oficina.
Não me esquecerei, diante de Deus, do retiro do Colégio nem do seu, é claro.
Toda
a família o assegura de seu cordial devotamento; acredite particularmente, caro
Senhor padre, no meu, como na minha respeitosa afeição em Jesus e Maria.
Le Prevost
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