Elogio dos
habitantes de Metz. Notícias das obras ; dificuldades em Grenelle. Envio do
Sr. Gauffriau a Metz.
Vaugirard,
8 de julho de 1862
Caríssimo
padre e filho em N.S.,
Acho
que tudo vai bem em nossa boa região de Metz ; gosto desse bom povo que
lhe faz tão amável acolhida ; fiquei comovido profundamente pelos detalhes
que nos mandou nosso irmão Georges [de Lauriston] ; li sua carta para toda
a Comunidade, assim como o jornal que continha também a narrativa da festa ;
certamente, estou feliz por ver sua obra tão querida e tão cordialmente
tratada, mas não o sou menos por ver que ainda há bastante corações simpáticos
a tudo o que é honesto e cristão, por ver que há recursos em nossa França
para a generosidade e a dedicação,por ver como se levaria para longe esse povo
na fé e no amor das nobres coisas, se se soubesse aproveitar e cultivar a
natural disposição dos corações !
Aqui,
sem fazer coisas tão bonitas, vamos sempre como de costume. A primeira comunhão
de nossas crianças em Vaugirard foi perfeita ; 53 formavam o rebanho tanto
dos que comungavam pela primeira vez como dos que renovavam sua comunhão.
Amiens e Arras vão bem ; o Sr. Jean [Gauffriau] e o Sr. Caille também
acabam, porém, em Amiens, de sofrer, um após o outro, uma doença de certa
duração. O Sr. Hello chega amanhã de Arras, onde estivera para dar o retiro da
primeira comunhão para nossas crianças. Em Grenelle, guerra declarada da parte
do Sr. Pároco que acaba de lançar um manifesto violento contra nós ; a
coisa é levada ao Arcebispado onde, acho, obteremos decisão favorável, já
que não fizemos, até agora, senão andar passo a passo sob sua direção.
O
Sr. Braun continua a bem tomar sua posição, bem mais inclinado para Grenelle do
que para Vaugirard, mas bondoso e flexível até agora, sabendo ser amável para
com todos ; tenho boa esperança para o futuro.
Eu
lhe ficaria grato por ver se, definitivamente, poderíamos esperar que Monsenhor
de Metz autorizaria o padre Jean [Gauffriau], tonsurado e tendo feito, você
sabe, um primeiro ano de teologia no Seminário Saint Sulpice, a continuar seus
estudos no Seminário de Metz morando em sua casa. Eu poderia ter essa
facilidade em Arras, mas a preferiria na sua casa, onde a vida de comunidade é
bem melhor observada, ou, ao menos, bem mais facilmente observada. O Sr. Jean é
de um caráter encantador e não nos deu o menor motivo de queixa, desde quase 4
anos que ele está entre nós. Ele levaria um excelente certificado de Saint
Sulpice, com todas as atestações desejáveis de minha parte ; eu pagaria
por ele uma pequena pensão em sua casa, a fim de não carregar demais nossa
querida comunidade de Metz. Ficarei grato a você por me dizer o que perceber
possível desse lado, desde que tiver conseguido consultar Monsenhor ou os Srs.
do Seminário.
Toda
a família o assegura de seus ternos sentimentos e suspira após o momento em que
você virá tomar um pouco de repouso aqui ; você entrará novamente em
Vaugirard como em sua casa, tão à vontade, tão aberto como se nunca tivesse
saído daqui ; é a recompensa de um sacrifício francamente consumado e de
um noviciado feito, brevemente sem dúvida, mas francamente e em sinceridade de
coração.
Abraço
a todos vocês em Jesus e Maria.
Seu
amigo e Pai afeiçoado
Le Prevost
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