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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 801 - 900 (1861 - 1863)
    • 858 - ao Sr. Halluin
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858 - ao Sr. Halluin

Aviso sobre a comunhão freqüente e a disciplina necessária às crianças.

 

Vaugirard, 11 de setembro de 1862

 

Caro Senhor padre e filho em N.S.,

 

A data335 desta carta foi inscrita como está nesta folha, mas parei nesse primeiro movimento, tendo sido interrompido e em seguida, não tendo encontrado um momento para me comunicar com você.

 

Devia responder à carta que você me dirigia então e àquela que me escrevia de seu lado o Sr. Planchat, relativamente aos pequenos dissentimentos que existem entre vocês sobre dois pontos particularmente, a conduta espiritual e a disciplina das crianças. Meu pensamento era nesse momento e continua sendo ainda hoje que é preciso tender à conciliação, a fim de continuarem a fazer o bem juntos.

No que diz respeito à comunhão freqüente, parece-me que, ao menos, há motivos para fazer uma tentativa prolongada que permita julgar definitivamente se esse potente recurso pode ser vantajosamente aplicado em Arras, como se faz em tantos outros lugares. A eficácia da comunhão para sustentar as crianças e defendê-las contra as fraquezas de sua idade é admitida de modo bastante generalizado para que se possa, sem temeridade, seguir esse parecer.

 

Quanto à disciplina, entro de bom grado nas sábias temporizações e misericordiosas condescendências de que se deve usar muitas vezes para com crianças cuja primeira educação foi tão ruim quase para todos. Acho, porém, dever confessar-lhe, caro Senhor padre, que não há nenhum dos que, segundo eu sei, viram de perto a casa de Arras, que não tenha julgado que haveria algo a melhorar desse lado. Acham unanimemente que, poupando demais os indivíduos, você corre o risco de prejudicar o bem geral, que o nível espiritual e moral da obra ficando extremamente baixo, ele não pode influenciar utilmente para a reforma dos sujeitos que nela são admitidos, que, pelo contrário, os que entram bons ou mais ou menos aceitáveis tornam-se nela logo ruins, ao passo que, com hábitos de disciplina mais firmes e um sistema de depuração mais corajoso, se levantaria o espírito da obra e esta daria bem mais frutos. Eu mesmo não estudei de bastante perto as coisas para emitir um parecer preciso a esse respeito; todavia, não posso deixar de pensar que a invariável opinião de todos sobre esse ponto deve ter um grande peso. Examine diante de Deus, caro Senhor padre, o que se poderia ter que fazer; vocêprocura o bem, vocêpede a luz, o bom Mestre não recusará nem um nem outra a seu humilde e dedicado servo.

 

Escrevo uma palavra ao bom padre Planchat que, num primeiro momento, pode mesmo mostrar um pouco de irritação, mas com o qual você pode contar, devido à retidão de sua intenção, à pureza de seu zelo e a seu espírito conciliador. De resto, o retiro que começará no dia 5 de outubro e que, para nós, dará ocasião a certa aproximação, nos permitirá refletir mais amplamente sobre esse assunto. Contamos, após esse retiro, nos reunir (os membros-sustentáculo da pequena Congregação) para examinar os diversos pontos que interessam a Comunidade e suas obras.

 

Recebi uma boa carta do irmão Augustin [Déage]; ele se mexe e toma tanto exercício quanto  pode para restabelecer o equilíbrio em sua saúde. Como sua constituição é muito vigorosa, tenho boa esperança de que sua indisposição não dure muito tempo. Seu irmão entra nos Padres do Santíssimo Sacramento; essa família é toda de Deus.

 

Abraço você e todos os nossos irmãos do mais fundo de meu coração. Rezo todos os dias no Santo Sacrifício para que o Espírito do Senhor esteja no meio de nós. Tenhamos boa confiança, todos os outros, em nossa pequena família, rezam comigo. Deus nos e nos ouve. Como esse pensamento é consolador e deve nos dar confiança!

 

Seu respeitoso amigo e Pai em N.S.

 

                        Le Prevost

 





335 A carta 859 diz que esta carta foi escrita no dia 18 de setembro de 1862.





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