Alusão ao
dissentimento acontecido entre os Srs. Halluin e Planchat a respeito da
comunhão freqüente e da disciplina em Arras.
Vaugirard,
18 de setembro de 1862
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
Explico
a nosso bom Padre Halluin, a quem escrevo ao mesmo tempo que para você, os
impedimentos que atrasaram minha correspondência. Na sua tristeza, teria
querido consolar e encorajar a você. Só pude levantar os olhos para o Céu, a
fim de implorar para você o socorro todo-poderoso do alto; Levavi oculos
meos in montes, tenho a confiança de que, agora, você está calmo e refeito,
o Espírito consolador é tão penetrante, tão persuasivo, in fletu solatium. Acho,
caríssimo amigo que, rezando muito, recorrendo sobretudo aos meios de fé,
conseguiremos melhorar a situação e obteremos para a excelente obra que o ocupa
os progressos para os quais se deve tender. De resto, para nos ajudar a nós
mesmos, a fim de que o Céu nos ajude, creio que será bom, após o retiro,
conversarmos a fundo sobre os pontos mais essenciais concernentes às nossas
obras; a de Arras, tão digna de um elevado interesse, não ficará esquecida
nessa ocasião.
O
retiro começará dia 5 de outubro à noite e será dado pelo R. P. Verdière, da
rua de Sèvres; ele é escolhido para nós pelo R. P. de Ponlevoy, tão dedicado
para conosco.
Adeus,
caro amigo, faça cada dia todo o bem possível, oração, vida humilde e
escondida, suporte, caridosa intervenção para o amparo espiritual dos irmãos,
instrução das crianças: Deixai vir a mim os pequeninos; o Céu está no
fim e já aqui em baixo a paz na união interior com Jesus, Maria e José.
Seu
todo afeiçoado amigo e Pai
Le Prevost
|