O Sr. Le
Prevost desaconselha acolher em Arras o irmão de um jovem postulante. Um irmão de
Arras atravessa um período de tristeza e de desânimo. Que o Sr. Halluin o
encoraje e ganhe sua afeição para fazer dele um “coração zeloso e bondoso”.
Vaugirard,
30 de janeiro de 1864
Caro Senhor padre e filho em N.S.,
Nosso Conselho
não acha que você possa, sem grave inconveniente, receber o irmão de [Edmond]
Leclerc em sua casa. Esse jovem é, acho, um medíocre sujeito que, logo após seu
casamento, se separou de sua mulher; que não sossega, acho eu, em nenhuma
situação, gosta pouco de trabalhar e não saberia ser um exemplo edificante em
sua casa. Seria o bastante sem dúvida, para você se desembaraçar do lado de seu
irmão, o padre, responder-lhe que as regras da Comunidade se opõem a
combinações desse tipo e que, tendo consultado a esse respeito, foram lembradas
as disposições do regulamento e os usos da Congregação.
O Sr. Brice
escreveu recentemente, não uma queixa, mas uma carta triste e desanimada.
Procure conciliar com ele as condescendências que você acha dever conceder a
suas crianças com as necessidades da disciplina. A posição dos vigias é, muitas
vezes, bem dura e bem difícil; a dos Superiores o é ainda mais, sem dúvida, mas
a vocação é mais elevada para eles e as graças são mais abundantes. Esses
jovens não devem, portanto, ser julgados nem conduzidos como se estivessem em
graus mais elevados; eles têm necessidade, sobretudo, de serem sustentados,
animados, afeiçoados. Você o sabe como eu, caro Senhor padre, não faço outra
coisa aqui senão simpatizar com você no tocante às obrigações que, cada um de
nosso lado, desempenhamos nesse sentido. O interesse de nossas obras, aliás,
deixando de lado até a caridade que devemos a nossos jovens irmãos, nos
aconselha ganhar sua afeição e sustentar suas boas disposições interiores, pois,
então, em vez de instrumentos passivos ou pouco flexíveis, teremos para nos
ajudar corações zelosos e bondosos. Peçamos a Deus para que os mantenha assim
unidos a Ele e, por Ele, a nós. Você verá se é o caso de consolar um pouco
nosso jovem Brice que, repito, sem faltar ao respeito e à afeição para com
você, mostrou certa tristeza e desalento.
Junto aqui
duas palavras para ele. Acho que será bom selá-las para que você fique livre de
parecer ignorar sua tristeza, se você achasse conveniente.
Adeus, caro
Senhor padre, acredite bem em todos os meus sentimentos de terna afeição em
N.S.
Mil
amizades a nossos irmãos
Le Prevost
O Sr. Emile
[Beauvais] pagará, se ainda não o fez, o Cristo de que você nos fala; eu
lhe recomendei isso de sua parte.
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