P.S. do Sr.
Le Prevost
O Sr. Le
Prevost encarrega o Sr. Caille de visitar uma família de Amiens para julgar de
suas disposições em relação à vocação de um jovem irmão; o padre Planchat serve
como secretário.
Vaugirard,
5 de fevereiro de 1864
Meu
bom irmão Caille,
Os
pais do Sr. Alexandre Legrand insistem muito para que ele vá a Amiens por
ocasião de seu sorteio. O Sr. Alexandre se persuade de que sua segunda intenção
é desviá-lo de sua vocação. Ora, ele quer eximir-se dessa sacudida,
desconfiando de si mesmo tanto quanto apegado, ele o é mais do que nunca, a seu
santo estado. Esses pensamentos desagradáveis não seriam inspirados aos pais do
Sr. Alexandre, e sobretudo à sua madrasta, por um embaraço maior neste momento
do que de costume, em conseqüência da doença do irmão do Sr. Alexandre? Você
poderia talvez ver essa família com a qual você se relaciona um pouco, e assim
assegurar-se do verdadeiro estado das coisas.
Eis que aproxima-se a Quaresma. Sei com que
cuidado você considera o que seus irmãos, pouco fortes e tendo, como você
mesmo, muito trabalho para fazer, podem suportar das penitências da Igreja.
Para suprir o jejum, que será para muitos ou nulo, ou bem pouco rigoroso, o
Conselho achou poder exprimir a cada casa este pensamento. A decisão de
Chaville recomenda as penitências corporais, na medida da discrição e da
obediência. Não poderia, em cada casa, ser oferecida uma penitência a cada dia
pelos sete jovens irmãos que vão ter seu sorteio este ano, e por três dos quais
não conhecemos nenhum caso de isenção?
Todo
seu e de todos os irmãos de Arras nos Sagrados Corações.
Padre Planchat.
Agradeça
a Deus pela boa Confirmação de Sainte Anne de Charonne, e reze por sua Adoração
de domingo e por minha mãe, muito doente.
A
visita que lhe peço, meu bom amigo, para fazer à família Legrand, seria
sobretudo para observar e julgar o estado e as disposições dessa família. O Sr.
Alexandre pensa que o deixaram partir a contragosto e que quereriam trazê-lo de
volta para Amiens, no pensamento, sem dúvida, de que poderia ajudar os seus. O
pai ganha, mas bebe, acho, mais do que seria sábio fazê-lo. Nosso jovem irmão
teria grande repugnância em encontrar-se novamente nesse ambiente. Não acho que
você tenha que lhes falar de tudo isso se eles mesmos não tocam no
assunto; veja, observe e faça o que lhe parecer conveniente.
Le Prevost
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