Atenção por
um postulante doente. O Sr. Le Prevost mede bem o que a obra de Arras exigiria em pessoal. Apesar de
suas vivas insistências, o Sr. Halluin deixou sua obra se desenvolver sem
consideração das forças necessárias para sua direção; como ele mesmo não pode
ajudá-lo, que se volte para os padres do seminário de Arras. Por esta carta, o
Sr. Le Prevost devolve sua plena liberdade ao Sr. Halluin.
Vaugirard,
1o de abril de 1864
Caro
Senhor padre e filho em N.S.,
Soube,
com tristeza, da doença de nosso jovem [Edmond] Leclerc. Seu peito não é muito
forte, os ventos destes últimos dias o terão penetrado vivamente demais.
Agradeço-lhe pelos cuidados que está dedicando a ele. Se sua doença se tornasse
menos intensa, talvez seu irmão pudesse oferecer-lhe um pouco de repouso perto
de si. Ficar-lhe-ei grato por dar-nos notícias dele tão exatamente como seus
trabalhos lhe permitirem.
Sei,
caro Senhor padre, os encargos bem pesados de sua obra e há muito tempo sofro
pela insuficiência do pessoal que o secunda, já que deveria, a meu ver, ser
quase duplicado, para prover as necessidades reais de seus serviços. É bem
verdade que eu tinha pedido com muita insistência, e repetidas vezes, que os
desenvolvimentos da obra fossem em proporção às forças que se podia empregar na
sua direção. Sua caridade não soube resistir aos arrebatamentos que lhe
ocasionavam tantas misérias a socorrer, tantas fraquezas a proteger! Examinando
diante de Deus quais os meios que poderíamos tomar para ajudá-lo eficazmente,
só encontro alguns insuficientes. Não poderíamos, como você o pedia, retirar o
Sr. Myionnet de Vaugirard; o assunto, maduramente pesado, nos pareceu oferecer
inconvenientes em
demasia. O Sr. Georges de Lauriston poderia, a rigor, ser
chamado de volta de Metz e ser colocado perto de você; sua maturidade, seu bom
espírito, sua afeição por você, sua aptidão para a administração lhe seriam um
útil socorro. Mas entendo que sua própria presença não bastaria para tudo;
precisaria que um padre lhe fosse dado também para ajudá-lo na direção
espiritual. O Sr. Jean [Gauffriau], sobre o qual você tinha pensado, ainda é
bem jovem para ser colocado no ministério dos jovens imediatamente após sua
ordenação. Monsenhor de Metz e o Sr. Risse acham que é bom para ele passar
presentemente um ano em Metz, num ministério que o Venerável Bispo indica e que
lhe conviria, com efeito, particularmente. Portanto, não acho que se possa
dispor dele imediatamente para Arras.
Em
presença dessas dificuldades, caro Senhor padre, e considerando a boa vontade
de que esses Srs. do Seminário de Arras parecem animados agora em favor de sua
obra e, de outro lado, vendo os apoios que Monsenhor o Bispo quer bondosamente
lhe suscitar, pareceria-me preferível para você aceitar esses socorros que parecem
providencialmente preparados. Nossa Comunidade sempre lhe deu seu apoio com
perfeito desinteresse, procurando o bem de sua obra e esquecendo-se a si mesma.
Ela ainda está muito disposta a fazê-lo no caso presente. Veja, portanto, aos
pés do Senhor o que lhe é mais útil e tenha certeza de que você não encontrará,
de nosso lado, dificuldade alguma para a realização dos meios que você tiver
definitivamente julgado os mais vantajosos.
Acredite
bem, caro Senhor padre, em todos os sentimentos devotados com os quais sou em
N.S.
Seu
afeiçoado amigo e Pai
Le Prevost
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