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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 901 - 1000 (1863 - 1865)
    • 954 - ao Sr. Chaverot
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954 - ao Sr. Chaverot

O jovem seminarista está com sua família, em férias. Exortação a falar, sem insistência exagerada por enquanto, de sua vocação religiosa. Exemplo dos primos do Sr. de Varax, que deixaram “uma grande fortuna, um belo nome” para  seguir o Cristo. Contar antes de tudo com os meios espirituais e a devoção ao Coração de Maria, “santuário e altar”, de onde subirá nossa oração e se consumarão nossos sacrifícios”.

 

Vaugirard, 26 de agosto de 1864

 

Caríssimo filho em N.S.,

 

Você demorou muito para me escrever. Estava um pouco inquieto, temendo que você tivesse encontrado alguma contrariedade inesperada. Não é nada disso, Deus seja bendito, toda a sua cara família vai bem e você está em perfeitas condições. Interesso-me por tudo o que você me diz sobre sua casa. Estou feliz, em particular, pelo bem que você pensa de sua cunhada. É uma tão preciosa vantagem, para a sorte temporal e espiritual de um homem, uma companheira verdadeiramente animada pelo espírito cristão; é um verdadeiro dom de Deus, tanto para ele como para sua família; é a bênção de sua casa.

 

Todos aqui lhe guardam a mais afetuosa e a mais fiel lembrança. Não falho, quanto a mim, à pequena oração que faço cada noite a São José e a seu santo padroeiro [São Miguel] na sua intenção. O Sr. de Varax também guarda suas piedosas práticas por você.

 

Ele passou muito felizmente seu exame de filosofia e foi admitido sem dificuldade a entrar no Seminário na volta de outubro. Só que continua pouco vigoroso. Há alguns dias, partiu (fazendo um pequeno desvio por Chalon) para chegar, com seus pais, aos banhos de mar no Havre. Eu teria preferido que tivesse ido para o sul, para o Mediterrâneo, porque sei, por experiência, que o mar é pouco amável na Mancha, logo que a estação está um pouco avançada. Mas seu pai, ele mesmo muito debilitado, desejou ir para o Norte, tendo sofrido muito, ultimamente, pelo calor do verão nos Pireneus.

 

Parece que o Sr. Christian de Bretenières deve ir começar seu Seminário em Roma. Acho que o assunto ainda é um pouco secreto. Você não o terá, provavelmente, em Saint Sulpice.

 

Ficaria muito feliz, assim como nossos irmãos, se você pudesse, uma vez em Mâcon, vir a Paris. O bom Deus arranjará talvez as coisas assim; Ele cuidou muito felizmente até agora de todos os seus negócios, continue a abandonar-se a Ele. Não tenho conselhos, caro filho, a dar-lhe para sua direção durante as férias. Você tem seu manual, as boas sugestões do R.P. Pinaud lhe estão ainda presentes, e, aliás, Nossa Senhora da Salete e seu bom Anjo da Guarda velam sobre você; o que eles protegem é bem guardado. Você poderá, talvez, na conversação, falar, sem ostentação, sobre o fato marcante das vocações dos Srs. de Bretenières. Deixam, desprezando-a, uma grande fortuna, um belo nome, todas as vantagens mais cobiçadas do mundo. Um [Just], para se tornar missionário, o outro [Christian], sem dúvida, também para alguma condição de renúncia absoluta. Não precisa de muito comentário, além de observar que Deus chama os seus para onde Ele os quer. É o suficiente, as insinuações gerais bastarão este ano. Você por si mesmo o quanto seus bons pais se assustariam facilmente. Mas, independentemente desses meios bem secundários e bem insuficientes, utilizemos sobretudo os meios espirituais, os poderes da , a oração, a confiança na Santíssima Virgem, que já interveio tão amavelmente em seus negócios. Confiemos-lhe a tarefa de completar a obra que ela começou, ela porá nisso sua última mão e, sem incomodar, por vias cheias de suavidade, o conduzirá a seu fim. É domingo a festa do Santo e Imaculado Coração de Maria, refugiemo-nos nesse asiloDoce Coração de Maria, sede nosso refúgio. Vamos ali para aprender toda ciência cristã e todas as virtudes; que aí também esteja nosso santuário, nosso altar de onde elevar-se-á nossa oração e onde se consumarão nossos sacrifícios. Escola, refúgio, santuário, sim, que o Coração de Maria seja tudo isso para nós; assim, teríamos luz, força e consolação.

 

Adeus, caríssimo filho, vou sair amanhã para uma pequena viagem de 4 ou 5 dias. Voltarei para o dia 2 ou 3 de setembro. Se daqui até lá você tivesse de me escrever, estarei na casa de Dona Salva, minha irmã, em Duclair (Sena-Inferior). Abraço-o ternamente em Jesus e Maria

 

Seu amigo e Pai

 

                                               Le Prevost

 

Rasgue ou queime minhas cartas.

 




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