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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 901 - 1000 (1863 - 1865)
    • 955 - ao Sr. Girard
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955 - ao Sr. Girard 360

A questão espinhosa das atribuições dos irmãos e dos Confrades da Sociedade de São Vicente de Paulo. Declaração muito nítida do Sr. Le Prevost sobre a “verdadeira constituição da obra sábia e cristãmente equilibrada”.

 

Vaugirard, 8 de setembro de [1864]

Natividade

 

Meu caríssimo Confrade,

 

Lamento muito que você tenha vindo inutilmente a Chaville para me ver; fiquei retido em Vaugirard esta semana para a adoração das Têmporas que se realizava em casa.

 

Após termos rezado da melhor forma possível, segundo seu piedoso conselho, e após termos examinado diante de Deus a questão relativa à posição respectiva dos membros de São Vicente de Paulo e dos diretores dados por nós para os patronatos, adquirimos a convicção de que não se saberia, sem provocar conflitos incessantes, retirar aos diretores a conduta e direção dos movimentos quotidianos e das disposições de detalhe da obra, tais como a assembléia, cada semana, dos Confrades que os ajudam em diversos serviços. A alta influência da Sociedade de São Vicente de Paulo está suficientemente garantida por meio do Conselho Geral dos patronatos presidido pelo Sr. Decaux, e pelo Conselho particular que ele preside também, mensalmente, para cada casa. Nessas reuniões, o andamento de conjunto da obra e a conduta própria a cada casa são bem precisamente regrados. Sendo assim, só resta proceder à execução que concerne mais particularmente ao diretor e que, conseqüentemente, lhe compete conduzir. No caso de se chegar a criar um novo poder que devesse intrometer-se nesses cuidados e pretendesse dominardentro o próprio diretor, a este último não sobraria nada a fazer, senão abandonar uma posição que não lhe deixaria mais liberdade alguma de ação. Que ele mesmo deva estar atento e conciliador, que deva tudo fazer para atrair os Confrades, interessá-los à obra, dando-lhe todo espaço possível para fazerdentro algum bem, estamos bem penetrados disso dos dois lados. Mas esse diretor só seria verdadeiramente útil para a obra e para aqueles que participam dela  com a condição de ter a parte de liberdade e de iniciativa de que  tem necessidade, para ser respeitado pelas crianças ou pelos jovens operários e para guardar sobre eles alguma autoridade.

 

Acreditamos, todavia, que é preciso, para cada casa, de um Presidente particular, mas um Presidente que a proteja, concilie os apoios e os socorros e cuide com atenção de todos os seus interesses. Esse Presidente existe em Notre Dame de Grace na pessoa do Sr. de La Rochefoucauld, em Saint Charles, na pessoa do Sr. Legentil, em Sainte Anne, na pessoa do Sr. Decaux, e havia existido neste ainda para Nazareth até estes últimos tempos, em que outras preocupações o afastaram um pouco.

Eis aí, achamos nós, a verdadeira constituição da obra sabia e cristãmente equilibrada. Querendo mudar essa ordem, se quebraria a boa harmonia dos movimentos e, inevitavelmente também, se prepararia a separação dos elementos que concorrem nela.

 

Estou bem persuadido, meu caro Confrade, de que, refletindo bem, você partilhará esse sentimento, e ficaria muito surpreendido se o próprio Sr. Decaux, que entende tão bem a organização das obras, não reconhecesse que somente uma situação bem assentada pode garantir o êxito e a duração de nossos empreendimentos caridosos.

 

Agradeço-lhe de novo pelos sentimentos tão devotados e tão desinteressados de que você prova nesta circunstância e peço-lhe para me acreditar, em N.S.,

 

Seu devotado Confrade e amigo

 

                                               Le Prevost

 





360 René Girard (1837-1868). Confrade de São Vicente de Paulo, dedica-se em Nazareth e, depois, em Sainte Anne. Entra no Noviciado em novembro de 1867. Após quatro meses, parte para Roma abrir o Círculo São Miguel. Ms os cansaços do apostolado sob um clima que não lhe convém muito o esgotam. Repatriado a Chaville, morre dois meses depois, no dia 24.08.1868.





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