Périplo do
Sr. de Varax na região de Duclair. Um seminarista de Limoges se interessa pela
Comunidade. Breve relato sobre Vaugirard, Chaville, etc.
Vaugirard,
9 de setembro de 1864
Caríssimo
filho em N.S.,
Deixei
em Chaville sua pequena última carta, escrita após sua excursão nas bandas de Duclair.
Escrevo-lhe, portanto, estas duas linhas sem pretensão precisa de responder à
sua missiva. Lembro-me de que você estava contente por essa pequena corrida e
isso me alegrou. Estava feliz, da minha parte, por vê-lo e comovido pela amável
diligência que você tivera em nos fazer uma pequena visita: Ecce quam bonum!
[Como é bom!] Você foi rever Jumièges com seus bons pais, e, daí, Saint
Georges [de Boscherville] e também Saint Wandrille e a igreja de Caudebec?
Voltamos,
o Sr. Beauvais e eu, no sábado, como tínhamos combinado. Pude terminar os
pequenos negócios concernentes à minha irmã e vê-la livre, doravante, para
descansar mais; a responsabilidade de uma casa, qualquer que seja, é algo
pesado quando se é velho e cansado.
Retornei
a Chaville somente domingo no período da manhã; o eclesiástico Jean [Gauffriau]
ainda estava ali e voltou para Metz somente na terça-feira. Ao voltar, na
segunda-feira, para a adoração, encontrei em Vaugirard um bom jovem [Ferdinand
Bonnaud], seminarista, usando o hábito eclesiástico, vindo de Limoges, e sobre
o qual eu lhe tinha falado, há algumas semanas. Começou seus estudos
tarde. Após 3 anos de latim, estudo feito, sem dúvida, em condições medíocres,
pensou-se que devia entrar no Seminário, porque estava com mais de 23 anos; mas
verificou-se que estava fraco em latim e, corajosamente, preferiu refazer um
ano de estudos latinos a mais. Ele estava muito íntimo com as Conferências de
São Vicente de Paulo e tinha um gosto marcado pelas obras; falaram-lhe de nossa
Comunidade, que lhe agradou. Parece ser muito bom, é pouco alto, quase pequeno,
tem o rosto inteligente e amável. O padre Tendeau de Marsac, que no-lo
encaminhou e que é um padre dos mais dignos e dos mais distintos, me respondeu
dele como coração e como inteligência. Vai fazer com Leclerc, Théodore
[Pattinote] e Marie-Joseph [Boiry], um ano de estudos em Chaville; veremos,
depois, a vontade de Deus.
Nossa
adoração foi edificante em Vaugirard; pouca freqüência, por causa da estação, a
menos favorável de todas, mas algumas almas piedosas sempre, de dia e de noite,
aos pés do Salvador.
Recebo
boas notícias do Sr. Paillé em Boulogne, com uma boa pequena carta do amigo
Paul [Baffait], bem restabelecido de corpo e alma e feliz perto e dentro do
mar, não se saberia dizer quanto.
Espero
que, de sua parte, caro amigo, você também esteja satisfeito com seus banhos.
Lembre-se de que não é imediatamente que seus bons efeitos são sentidos, mas um
pouco mais tarde; tenhamos, então, boa confiança, você suportará Saint Sulpice
com muita coragem. A esse respeito, conto sempre que você ficará, no tocante às
despesas de sua estada ali, nos termos de que falamos. Acho que sua querida
família entenderá que não poderia, convenientemente, ser de outra forma; se,
porém, eu julgasse mal suas disposições, não nos importaremos com isso e
faremos como Deus quer certamente que seja feito.
Convido-o
insistentemente a escrever ao nosso caro irmão Michel Chaverot; ele precisa ser
estimulado para a correspondência: escreveu-me só uma vez.
Os
perseverantes de Chaville estudaram “Les Plaideurs” [Os Pleiteantes] durante
suas férias. Devem, na quarta-feira próxima, dia 14, dar um tipo de
representação da peça, sem grande aparato, diante dos irmãos que virão em
número bastante grande das diversas casas, para passar esse dia em Chaville. Todos
sentirão sua falta. Será o último vestígio das férias que, aliás, acabam
amanhã; segunda-feira, dia 12, missa do Santo Espírito e retomada das aulas.
Eis
aí uma verdadeira Gazeta, mas eu sei quanto você gosta de ver e de saber; como
encerramento, acrescento que a música enfraqueceu; era inevitável; ainda se tem
o estrito indispensável pelo que era adquirido; o órgão é respeitado, o Sr.
Audrin segura sua chave e a dá somente nos tempos marcados.
Adeus,
caríssimo filho, não há muitas coisas piedosas, nem muitas ternuras nestas
poucas linhas; mas há, ao menos, um coração todo aberto, onde você vê
claramente que pode entrar em toda hora. Há também, procurando um pouco, um
verdadeiro, um ardente desejo de seu bem espiritual, que peço constantemente ao
Senhor e que Ele aumentará todos os dias, tenho a doce esperança disso.
Seu
amigo e Pai todo afeiçoado em Jesus e Maria
Le Prevost