Boas
notícias da comunidade e da obra de Metz. Alegria de tê-lo acolhido em Vaugirard. Manifestar
condescendência para com seus jovens irmãos que o Sr. Le Prevost exorta à
deferência. Um postulante, de idade avançada demais, não parece poder ser
aceito.
Vaugirard,
11 de novembro de 1864
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
Como
lastimo ter demorado tanto em responder à sua boa e cordial carta! Mantive-a
sob a minha vista para que me apressasse a lhe escrever, mas não pude lhe dar
satisfação até agora.
Sou
feliz por todos os detalhes que você me transmite sobre a boa disposição de
seus jovens, sobre a boa harmonia que reina no seio da pequena comunidade,
enfim sobre a benevolência geral de que sua obra é objeto; aí estão outras
tantas marcas da proteção de Deus. Não deixemos de bendizê-lo e de tudo
referir à sua glória.
O
jovem [Félix] His parte amanhã para junto de você. Encarrego-o desta
palavra. Não sei onde está a relíquia da verdadeira cruz, vou me informar. O
Sr. Faÿ está ausente, ele terá entregue, sem dúvida, a um desses Senhores o
depósito das relíquias de que era encarregado
.
Faça,
para a missa nos Recoletos, o que lhe parecer conveniente. Quando puder ter a
missa regularmente em casa, será melhor, porque essa medida favorecerá melhor o
recolhimento e a ordem da comunidade. Mas devemos muita deferência ao Senhor
Bispo de Metz, tão bondoso para conosco, e, aliás, se os Recoletos não têm
outro jeito, precisa, claro, fazer uma concessão à caridade e ao bem das almas.
Obrigado
mil vezes pelo retrato de seu Venerado Prelado. Coloquei-o entre os primeiros
de minha pequena coleção, é para nós uma preciosa lembrança.
Felicito
nosso jovem[Alfred] Noël por sua fidelidade em guardar seus sentimentos e seus
deveres cristãos. Confio que sua fé se manterá e que o futuro completará o
amadurecimento das qualidades que Deus lhe concedeu, se ele trabalhar também
para corrigir suas imperfeições.
O
Sr. Collignon, ignorando a saída de His, lhe mandou crucifixos pelo correio,
acho. Sua pequena carta contém esses pormenores.
Não
aceito, caro amigo, seus agradecimentos pelo que diz respeito à sua estada
entre nós. É alegria partilhada, portanto, não devemos nada um ao outro. É um
bem encontrar-se juntos, rezar juntos, concertar-se para a prática das obras.
Não poderíamos caminhar num mesmo espírito sem esses felizes encontros. Peçamos
a Deus para favorecê-los sempre e para torná-los constantemente úteis e
consoladores, como foram de ambas as partes.
Adeus,
caríssimo amigo, abraço-o cordialmente em Jesus e Maria
Seu
amigo e Pai
Le Prevost
Junto
aqui a pequena carta para nossos irmãos. Acho que fará bem, selando-a antes de
lha entregar. Exorto-os à deferência; você, por sua vez, será condescendente,
sofrendo pacientemente que lhes exponham seu sentimento na ocasião, sem
prejuízo de você mesmo examiná-lo diante de Deus, para resolver o que for
melhor, paz e conciliação.
Recebo
sua última carta neste instante. O bom Sr. Michel me parece ter idade bem
avançada. Além disso, tem rigidez de caráter, teimosia e exterior lastimoso;
esse retrato não é favorecido. No entanto, veja. O que poderia ser feito seria
unicamente que, encontrando em Metz lições ou algum emprego, se tornasse seu
pensionista. Consagraria seus lazeres às obras e lhe forneceria, assim, a
ocasião e o meio de conhecê-lo.
Para
o café, a sopa é certamente tão sadia. O mundo médico diz, hoje em dia, todos
os tipos de efeitos maléficos que resultam do uso do café misturado com leite e
quer que ambos sejam preparados separadamente: conceda a sopa para os mais
enfermos.