Disposições
a tomar para com o filho de uma empregada de Vaugirard. Espírito sobrenatural e
senso do bem comum no julgamento que emite o Sr. Le Prevost sobre vários
aspirantes à vida religiosa. Alusão aos mal-entendidos acontecidos entre a SSVP
e o Instituto. Esperança de que as dificuldades vão desaparecer.
Vaugirard, 26 de janeiro de 1865
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
Agradeço-lhe
pelas informações sobre o jovem His. O Sr. de Lauriston devia lhe responder,
mas, como está ausente e você talvez deseje um parecer rápido de nossa parte,
escrevo-lhe estas duas palavras para dizer-lhe que não se deve hesitar em
alojá-lo fora de sua casa, por pouco que acredite sua presença prejudicial e
maléfica entre seus pensionistas. Se puder mantê-lo entre os jovens operários
externos, será um ato de generosidade bem caridosa, mas você consultará, mesmo
para essa última condição, o bem geral de sua obra que deve, naturalmente,
passar antes de tudo. Parece-me que, uma vez fora, obrigado que estiver a
prover à sua subsistência dia a dia, estará mais poupado de seu dinheiro, vendo
a necessidade à sua porta, se não estiver mais prudente e mais ecônomo. Ele escreveu
à sua mãe algumas linhas, uma só vez, no momento de sua chegada; depois, ela
não recebeu mais nada. É possível que, no mesmo período, tenha escrito ao Sr.
Lantiez, mas já faz muito tempo.
Recebo
uma carta de Leon Vion, que promete entregar em suas mãos, daqui a duas ou três
semanas, um compromisso de um ano para voltar entre nós, segundo a condição que
eu tinha colocado para seu regresso. Peço-lhe para assegurá-lo de nossa cordial
afeição e de nossa boa disposição de acolhê-lo. Mas esse pobre menino, tão
cordial e tão reto, tem uma tal instabilidade em suas impressões, que é
praticamente certo que terá mudado de idéia antes de três semanas e que não
saberá executar sua resolução do momento presente.
Junto
aqui duas pequenas cartas que escrevo ao irmão Jean [Gauffriau] e ao irmão
Guillot, para dar-lhes algumas palavras de conselho em relação às pequenas
dificuldades que encontraram em último lugar em suas funções. Acho que é melhor
entregá-las seladas, para que esses conselhos sejam mais íntimos e sejam como
um tipo de direção.
Vamos
devagar. Vários de nossos irmãos foram provados pela doença: os Srs. Gallais,
Philibert e Baudoin em Vaugirard, o Sr. d’Arbois e o Sr. Vasseur em Nazareth;
daí, alguns embaraços para nós. Aborrecimentos de outro tipo nos provaram
também: alguns mal-entendidos acontecidos entre a Sociedade de São Vicente de
Paulo e nós pareciam tornar iminente uma separação entre ela e nossa
Comunidade. Com a ajuda de Deus, essas dificuldades parecem desaparecer e
continuaremos, acho, fazendo juntos várias obras como antes.
Adeus,
caríssimo amigo, mil afeições em N.S.
Le Prevost
Confio
sempre que, após os maus tempos, pelo mês de março, o Sr. Lantiez poderá
fazer-lhe a visita prometida. Até lá, viva bem em paz. Com um pouco de
mansidão, acho que inclinará o Sr. Guillot às suas vistas. Ele nunca nos
resistiu aqui e estava também muito submisso ao Sr. Halluin. As almas, de nosso
tempo, têm necessidade de muita mansidão e de condescendência; é o parecer dos
Srs. de São Sulpício, tão bons juízes na ciência da direção