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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 901 - 1000 (1863 - 1865)
    • 981 - ao Sr. Guillot
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981 - ao Sr. Guillot

Encorajamento para superar as dificuldades de colaboração. Relativizar as impressões penosas que experimenta. Oração e humildade, ter em vista o bem comum.

 

Vaugirard, 26 de janeiro de 1865

 

Caro filho em N.S.,

 

Tomo uma cordial parte em sua aflição e peço a Deus insistentemente para derramar sua divina consolação em seu coração. Sei o quanto é penoso não se entender facilmente com aqueles cujos trabalhos se partilha todos os dias, sobretudo quando se caminha franca e fielmente para o cumprimento de seu dever. Mas, caríssimo amigo, você não ignora que, em tais circunstâncias, a pessoa está particularmente agradável ao Senhor, está na provação, no combate interior e, durante todo esse tempo, como para o soldado em operação militar, cujo serviço é contado em dobro, junta-se um duplo tesouro de méritos. Não esqueço, todavia, que nossa pobre natureza tem seus direitos, que nossa paciência tem limites. Por isso, compadeço seu sofrimento e prometo dar-lhe uma outra função,  quando você não mais acreditar, de modo definitivo, ter a capacidade de suportar sua posição. Que esse pensamento, portanto, o tranqüilize, caro amigo, e lhe sirva de segurança nas horas ruins em que a coragem parece abandoná-lo.

 

Parece-me, no entanto, caro filho, que, uma vez passadas as impressões penosas, tendo tornado a entrar em si mesmo aos pés de Deus, você pode dizer: de que se trata, afinal? De algumas palavras ofensivas, ditas em um momento de irritação e que não têm intenção refletida nem real, de algumas contradições nas ordens dadas e que podem tornar os movimentos mais difíceis, de alguma severidade na direção, que pode magoar na hora e tornar a expansão menos íntima. Tudo isso é penoso, mas não é possível suportá-lo, com a ajuda da oração e de um sentimento de humildade, sobretudo refletindo que todo o bem da obra esvaecer-se-á se a desarmonia se puser entre vocês? Na realidade, o Sr. Risse é bom e sinceramente devotado ao bem das almas, ele o ama e faz justiça a tudo o que há de bom em você. Ficaria muito penalizado por perdê-lo e, em todas as suas cartas, o elogia. Perdoe seus defeitos, a caridade o pede. Tenha um pouco de flexibilidade com ele e a situação, espero, poderá ainda se sustentar. De resto, o Sr. Lantiez irá, daqui a um mês ao mais tardar, visitá-los em Metz. Tenha paciência até lá, caro amigo. Acho que, conversando com você e com o Sr. Risse, ele poderá tornar a situação melhor. Tenha certeza de que, afinal, essas provações servirão para sua santificação.

 

Adeus, caríssimo amigo, abraço-o ternamente nos Corações sagrados de Jesus e de Maria.

 

Seu amigo e Pai

 

                                               Le Prevost

 

Todos os nossos Srs. Diretores dos patronatos repetem constantemente que, para a direção dos aprendizes e jovens operários, não deve haver rigor na disciplina nem demasiada severidade na execução das regras.

 

 

 

 




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