No conflito
que o opõe à Sociedade de São Vicente de Paulo, o Sr. Le Prevost convida o Sr.
Maignen “à calma e à caridade”. Mas não pode ceder: “na ordem da caridade,
colocar o pé na cabeça das pessoas e dizer: “obedeçam”, é o derrubamento de
todos os princípios”. É preciso estabelecer convenções, bases da ordem e do
entendimento.
14
de fevereiro de [1865]
Caríssimo
filho em N.S.,
Se
encontrar o Sr. Baudon, guarde a calma e a caridade. As recriminações são
inúteis. Se for acusado, dê tranqüilamente suas explicações.
Você
pode dizer que, informado pelos Srs. Decaux e Beluze sobre o exame do Conselho,
quer ver se pensaram que houvesse algo a resolver conosco, para caminharmos, de
ambas as partes, em confiança maior.
A
que se reduz a questão para nós? A saber se somos mantidos na situação em que
sempre estivemos.
Há
queixas, há gritos contra nós. Qual é o fundo dessas queixas? Estávamos
servindo pacífica e generosamente, como de costume, as obras, quando nos
notificam ex abrupto decretos que devem mudar nossa situação em pontos
essenciais e nos impor sujeições que não podemos aceitar. Será possível, na
ordem da caridade, colocar o pé na cabeça das pessoas e dizer: “obedeçam”? É o
derrubamento de todos os princípios.
Parece-nos
essencial estabelecer convenções, como base da ordem e do entendimento. De
outra maneira, desconfiança incessante, rigidez inevitável e ruptura próxima.
Seu
afeiçoado amigo e Pai
Le Prevost