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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1 - 100 (1827 - 1843)
    • 27 - ao Sr. Levasssor
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27 - ao Sr. Levasssor

O Sr. Levassor abandona o projeto de associação. Proposta de um cargo de escrivão. Se tivessem que se separar, permanecerem unidos em Jesus, o amigo comum. Esperança de ver a Obra dos jovens detentos dar frutos. Senhoras assistidas pela Conferência.

 

Paris, 17 de setembro de 1834

            Não poderia dizer, falando a verdade, meu caro amigo, que sua carta não me tenha dado uma certa tristeza. Eu tinha posto meus pensamentos, minhas esperanças nesse projeto e não é sem algum desapontamento que vejo, de um sopro, o castelo derrubado. Mas, posso dizer também, tinha desejado a realização de nossos propósitos somente na medida em que estivessem na vontade de Deus e que se conciliariam plenamente com seus  próprios desejos, com seus deveres, seus interesses. Se tudo isso e, antes de tudo, o apelo de Deus o levam para outro lugar, que sua vontade seja feita, siga seu caminho, meu amigo, e tenha a certeza de que meus votos bem ardentes, minha bem viva simpatia o acompanharão  constantemente. Não escrevi ao Sr. Dufour de quem ignoro o endereço. Mandei perguntar na casa dele se não haveria uma carta para mim, da parte dele, mas não acho bom provocá-la diretamente, na incerteza (mais que incerteza) na qual a situação em que você se encontra põe, doravante, nossos acordos feitos com ele. Se ele me escrever, segundo sua promessa, combinaria com você a resposta. Se, ao contrário, o que não presumo, seu parecer mudou, penso que é preferível deixar-lhe a iniciativa da ruptura.

 

            O Sr. Gardet, que veio estes dias em casa, onde não me encontrou, deixou algumas linhas a fim de pedir-me para fazer uma comunicação a você em nome dele. Um escrivão ligado ao Tribunal de primeira instância em Paris oferece ao Sr. Gerbet  fazê-lo ganhar 600 francos e mais cada ano para um trabalho bem leve e muito fácil.  Porém, o Sr. Gardet, decidido a não se ocupar de jeito nenhum, nem um pouco, de prática, vai recusar essa proposição; mas ele pensa que ela poderia agradar-lhe.  Nesse caso, aceitaria, combinando com você o trabalho a partilhar, se lhe é possível tomar parte. No caso em que suas aberturas para Orléans não tivessem êxito, talvez isso lhe conviesse. Eu teria medo somente, embora o Sr. Gardet não tenha acrescentado nada sobre isso, que houvesse inconveniente em adiar demais a resposta ao escrivão em questão.

 

            Obrigado, meu caro amigo, pela boa lembrança que me concede em suas encantadoras excursões, pela parte nelas que tem a bondade de me desejar.  Meu pensamento tem asas, mas meu corpo tem correntes. Na falta de um, ponho ao menos o outro a segui-lo para fazer-lhe fiel companhia. Terei muita alegria em revê-lo, quando de sua passagem por aqui; será para bem pouco tempo, para uma longa ausência em seguida, e, quem sabe, talvez para sempre. Meu Deus, como os laços terrestres duram pouco, e que grande necessidade temos, não é verdade, meu amigo, de fazer amizade, de estabelecer fraternidade com Jesus Cristo, irmão, amigo que sempre temos aí, que nos acompanha em todos os lugares e que reencontramos novamente no mundo ao qual tendemos. Se o tempo nos separa, meu amigo, possamos ali, ao menos, reencontrar-nos em parceria com esse amigo comum.

 

            Seu bem devotado em J.C.

                                               Le Prevost

 

            A Sra. Delatre parte ou já partiu para Rouen, você a encontrará,talvez. Nossos meninos, rua dos Grès, vão bastante bem; essa obra o interessaria vivamente, pois você muito semeou deste lado e, se colhermos um pouco, teremos que agradecer a você por isso. A boa Sra. Meslin60 não me tinha dito nada, mas levarei em conta o aviso.

 





60 Membro da Conferência, o Sr. Levassor visitava, relata M. Maignen, “três pobres velhas senhoras [Delatre, Meslin e Dorne] cujo aluguel pagava em cada trimestre. A Conferência vinha cada vez em seu auxílio em uma pequena parte. Chamávamos essa obra a obra das três velhas senhoras, e sua história durou muito tempo na Conferência.” O Sr. Maignen acrescenta que, uma vez no seminário, o Sr. Levassor não deixava de continuar suas esmolas (cf. VLP. I, p.107).





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