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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 901 - 1000 (1863 - 1865)
    • 987 - ao Sr. Baudon
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987 - ao Sr. Baudon

O Sr. Le Prevost expõe de novo a posição do Institutofrente às mudanças que a Sociedade de São Vicente de Paulo quer introduzir na direção das obras.

 

Vaugirard, 22 de março de 1865

 

Senhor e Venerado Confrade,

 

Acho, na volta de uma viagem de alguns dias que tive de fazer, a carta que me concedeu a honra de me escrever no dia 15 deste mês, sobre as obras de patronato e sobre a parte que nossa Comunidade é chamada a tomar nelas.

 

A forma dessa carta é tão cordial e tão benevolente que é para mim um pesar sincero não poder aceitar inteiramente, quanto ao fundo, suas conclusões. Permita-me acrescentar também que se afastam muito das disposições conciliadoras da entrevista que nos havia reunido em sua casa.

 

Concordo com você que o Presidente deve presidir, mas não deve dirigir, e é o que está fazendo, na minha opinião, quando segue o Diretor até nos minuciosos detalhes de sua ação e que se substitui, conseqüentemente, a ele.

 

De resto, Senhor e Venerado Confrade, não insisto nessas definições que cada um interpreta segundo suas vistas e que não teriam solução. A questão, para nós, se reduz, parece-me, a estes termos: nossos cargos e dependências, nas obras que fazemos em comum com a Sociedade, nos parecemsuficientemente graves, assim como tive a honra de lhe escrever, e não podemos consentir em aumentá-los. A situação que nos foi constantemente dada há 20 anos nessas obras não poderia ser modificada sem nosso assentimento, e nos consideramos obrigados, no interesse do bem, a rejeitar as mudanças que tencionariam introduzir hoje. Não pretendemos que as formas e esquemas do patronato sejam para sempre estabelecidas e que não sejam suscetíveis de simplificações e melhoramentos sucessivos. A experiência pode nos trazer, a esse respeito, preciosas luzes. Nessa intenção, talvez, e sobretudo num espírito de conciliação, aceitamos em Sainte-Anne as experiências de um novo regime. Não resolvemos que não seriam ainda possíveis para nós em outro lugar, mas precisamos ver, depois de submetido a provas, durante alguns anos, esse modo de operação, antes de reformar os procedimentos pelos quais, há tanto tempo, obtivemos felizes resultados.

 

Penso como você, Senhor e Venerado Confrade, que os pontos de separação não são tais entre nós que devam impedir nossa ação comum nas obras. Seria com a condição, todavia, de deixar cair toda desconfiança, dos dois lados, e trabalhar, como no passado, com uma sincera caridade e com atenções recíprocas. Ao designar, particularmente, os Presidentes e Vice-Presidentes, a Sociedade teria conosco algum acordo, como faríamos igualmente com ela para a escolha dos capelães e Diretores. Nesse esquema, nada pareceria se opor às cordiais simpatias que tinham, até agora, unido nossos esforços para a glória de Deus e o bem das almas.

 

Queira aceitar, Senhor e Venerado Confrade, os protestos do respeito e do inalterável devotamento com os quais sou

 

Seu humilde servo e Confrade

 

                                               Le Prevost




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