Bem
reorganizar a obra, antes de procurar recrutar. Uma estada do Sr. Le Prevost no
Isère, prevista por seu médico. Agora que a comunidade de Angers tem o
Santíssimo Sacramento, que saiba segurá-Lo por sua piedade.
Chaville,
26 de junho de 1865
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
Você
deve ter recebido uma caixa que lhe enviamos. Contém diversos objetos para sua
capela. Nazareth lhe enviará, dentro de alguns dias, dois paramentos muito
limpos: um branco, acho, e um vermelho, que poderão ser usados nos dias certos.
Esta
carta não chegará a tempo para responder à sua pergunta sobre a conveniência de
uma proposta ao Conselho (que se reúne amanhã) para uma alocação de 500f a ser doada pelo Comitê
do patronato a sua comunidade. Mas você terá presumido que meu parecer, como o
seu, é de que esse pedido não seria oportuno agora. Parece-me que se deve ter
paciência desse lado e que você deve aguardar que os serviços de nossa
Comunidade sejam mais apreciáveis. Mas acho que, na volta do campo das pessoas
sérias e cristãs, será totalmente desejável estimular o Sr. Bompois e outros,
para que se consiga compor uma Comissão séria, trabalhando real e eficazmente a
criar recursos para o patronato. Até lá, você poderá, com os RR. PP. e o
Sr. Myionnet, e Monsenhor, sobretudo, ver com calma quais seriam as pessoas que
poderiam ser solicitadas para essa Comissão. Só que Monsenhor, já muito
carregado com tantas obrigações, terá medo, talvez, de que esse movimento
desvie alguns dos seus recursos ordinários. Espero que não.
Acho
que procuram também, mas sem pressa, que meios se teria de bem recrutar o
patronato. Desse lado, não há, todavia, nada perdido. O essencial, neste
momento, é bem assumir sua direção, estabelecer um bom alicerce, um pessoal
sólido e dedicado, com o qual possam contar. Conseguido esse ponto e sendo bem
estabelecida a ordem, os recrutas virão por si mesmos. Os relacionamentos com
as famílias e com os patrões ajudarão também, com as colocações.
Já
respondera firmemente ao Sr. Choyer, antes de você sair para Angers, que não podíamos
pensar, de jeito nenhum, em introduzir um novo elemento em nossos negócios já
complicados. O que ele propõe seria possível somente em Notre-Dame des Champs,
se houvesse ali uma casa de jovens operários. Isso está longe de nós.
A
capelania diária também não era possível. Você sabe que Monsenhor chega em
Paris hoje. Virá amanhã a Vaugirard. Poderá, talvez, confirmar nossos meninos,
cuja primeira comunhão celebrar-se-á na quinta-feira, dia 29. Rezem todos por
eles. O Sr. Chesnet acompanhará Monsenhor de Angers, que vem para dar o hábito
religioso à sua sobrinha, que entrou nas Damas Inglesas, em Neuilly.
Estou
muito menos doente, mas ainda não restabelecido absolutamente. Fico tantas
vezes quanto é possível em Chaville, onde tenho mais descanso do que em Vaugirard. O Sr.
Jousset insiste para que vá por um mês às águas de Allevard (no Isère). Resisto
da melhor forma possível. Uma só coisa me consolaria dessa viagem infeliz, ela
me daria a ocasião da peregrinação à Nossa Senhora da Salete.
Adeus,
caríssimo amigo, estou feliz em pensar que tem agora a honra insigne e a grande
consolação de habitar perto do divino Mestre que repousa sob o seu teto. Que
hóspede amável! Segure-o bem por sua piedade e suas ternas instâncias, dizendo
com os discípulos de Emaus: “Não nos deixeis, ficai conosco”.
Abraço
a você e seus irmãos nos Corações sagrados de Jesus e de Maria.
Seu
amigo e Pai
Le Prevost
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