Critérios
de discernimento a respeito de um candidato à vida religiosa. Os frutos de
nossa ação estão em proporção com as graças recebidas? As advertências do Sr.
Le Prevost são inspiradas por Deus. Que a vontade de Deus seja feita.
Duclair,
1o de setembro de 1865
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
Um
jovem operário de Nantes, chamado Hubert [Louis], que morou algum tempo em sua
casa de Jovens Operários, me escreve para pedir sua entrada em nosso grupo. Que
devo lhe responder? Quem ele é em piedade, caráter, saúde, aptidões,
constância, idade, família, etc...?
Já
faz vários dias que sua carta foi mandada, tendo primeiro passado por Chaville;
procure, então, me responder sem demora.
Acho
que vou ficar por aqui até sexta-feira, tendo constatado, quase desde a minha
chegada, que estava menos debilitado aqui. Lembro-me de que foi aí que se
decidiu sua vocação e isso é para mim uma ocasião de agradecer a Deus, que
tanto fez por nós. Estranho que sejamos tão pouca coisa, em nós mesmos assim como
em nossas obras, quando considero a multidão das graças derramadas sobre nós.
Procuremos empregar bem o tempo que nos resta, não sabemos se durará muito.
Você
não me disse se tinha dado um pouco de atenção às observações que lhe escrevera
de Allevard. Tenho motivo para pensar que o próprio Deus me incitava a
fazê-las, pois antes de ter vindo de fora qualquer comentário ou advertência,
no meu interior, voltava a pensar em você muitas vezes e com uma certa
inquietação, que me parecia vir da ação de Deus. Não desprezemos esses apelos e
solicitações da misericórdia divina.
Minha
irmã e minha sobrinha guardam boa lembrança de você e o veriam com prazer
certamente; mas, à medida em que avançamos, nossos encargos aumentam e nossa
liberdade diminui na mesma proporção. Que o Senhor seja bendito e que sua
adorável vontade se cumpra em nós!
Adeus,
caríssimo filho, você sabe quanto o amo em Jesus e Maria.
Seu
amigo e Pai
Le Prevost
Mil
ternuras a todos. Como vai o casamento Lanier?
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