Anuência a
diversos avisos. As negociações com o padre Laroche, diretor do Coclipas. Que o
Sr. Maignen não o considere severo para com ele. Por que o Sr. Le Prevost
parece ser assim. Conselhos práticos para a regularidade religiosa.
Duclair,
5 de setembro de 1865
Caríssimo
filho em N.S.,
Escrevi
ao jovem Hubert [Louis] no sentido que você julga o melhor, animando-o em seu
pensamento de consagração a Deus, mas convidando-o a consultar seu diretor e
propondo-lhe retornar primeiro aos Jovens Operários, para bem estudar os planos
do Senhor a seu respeito.
Para
o negócio de Arras, temos também o mesmo sentimento. Os esquemas propostos não
eram satisfatórios. Escrevi, informaram-no disso, sem dúvida, a Monsenhor de
Arras para pedir-lhe o adiamento de nossa união com o Sr. Laroche, até o
momento em que estivermos prontos para nos apresentar em boas condições. O Sr.
Laroche, um pouco desanimado, tomou disposições provisórias. Acho que as coisas
estão assim para o melhor.
Estou
satisfeito com a abertura simples e cordial de sua carta. Encontro-o nela com
sua confiança e afetuoso abandono de outrora. Espero que ocorra algo útil desse
desabafo de sua alma: você se achará assim mais disposto a aproximar-se de vez
em quando daquele de quem Deus se serviu, embora indigno, para atraí-lo a Si.
Não estou inclinado à severidade para com você, como parece pensar, longe
disso; pude apresentar acidentalmente essa aparência, mas estava forçado por
uma certa fraqueza de coração, do seu lado, e por uma renhida contenção de
espírito, de outro lado, mais difícil, talvez, a dominar. Tudo isso está bem
longe agora. Quanto mais avanço, mais vejo quanta necessidade nossa pobre
natureza tem de indulgência, mas também de amparo: querer apenas um e descuidar
do outro seria muito imprudente.
No
que lhe diz respeito atualmente, parece-me que alcançaria em pouco tempo bons
resultados, se tendesse a estes pontos bem simples: ter em consideração os
pequenos pontos da regra que pode observar, os pequenos meios ou práticas que
lhe foram inspirados interiormente e que talvez tenha abandonado. Em uma
palavra, retomar o controle de si mesmo pelas pequenas coisas. Em segundo
lugar, entregar-se à oração, aconteça o que acontecer, e não omitir parte alguma
do ofício sem declará-lo exatamente. Enfim, sacrificar um pouco das aparentes
vantagens das obras para assistir aos exercícios. Na medida do possível, nunca
faltar sem motivo verdadeiramente sério, procurar um livro de espiritualidade
que lhe convenha e fazer menos leituras vãs, que não trazem proveito nenhum à
alma. Tudo isso é praticável, ao menos em grande parte, e, na maioria das
vezes, renunciar totalmente a essas coisas, porque às vezes há impedimentos, é
deixar o barco seguir a correnteza, seja qual for o perigo que possa encontrar.
Convido-o, caríssimo filho, a levar em conta essas indicações e avisos. Você
sempre sente, conforme está falando, que Deus ainda me encarrega de lhe mostrar
os caminhos. Ouvi, então, Deus que me incita a dar-lhe esses afetuosos
conselhos. Um operário vale mais do que dez, diz Rodriguez, quando procura seu
apoio em Deus.
Adeus,
meu caríssimo filho, nunca me encontro nos lugares onde estivemos juntos aqui,
sem que despertem profundas lembranças. Você sabe como são ternas e
profundamente devotadas a você. Peçamos ao Senhor para que todas essas coisas,
nas quais sua ação foi tão sensível, permaneçam, como Ele quis que fossem,
meios de santificação para nós e para muitos.
Abraço-o
ternamente em Jesus e Maria.
Le Prevost
P.S.
Nosso pequeno irmão Streicher diz que sua irmã pede para fazer executar sua
fotografia. Convido-o a não se apressar, poderemos falar nisso; pode haver
nisso abuso como em tudo.
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