Sobre uma
doença da mãe do Sr. de Varax. Notícias do Sr. Charrin e de um Confrade.
Duclair,
7 de setembro de 1865
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
Bendigo a
Deus, antes de todo outro pensamento, por ter-se dignado tirar sua boníssima e
bem-amada mãe do perigo momentâneo que correu. Ele sabe como é necessária a seu
excelente pai e quanto útil também para toda sua família. Ele a guardará para
sua afeição e contentar-se-á em ter-lhe lembrado, por essa provação, que grande
dom Ele faz a uma família, pondo à sua testa uma mãe terna, dedicada, sábia e
cristã. Que tesouro, com efeito! Não se pensa sempre nisso o bastante. Acho que
deve ficar perto dela enquanto sua presença puder ser-lhe útil e ao Sr. seu
pai. Se, contra sua espera, sua convalescença em Lyon se prolongasse muito,
talvez o Sr. seu irmão, após ter estado um tempo em Montcoy, poderia voltar
para substituí-lo. Vamos tratando só do dia de hoje, o Senhor nos dirá, na hora
que convém, sua santa vontade. Fico feliz por sabê-lo, nessas conjunturas, aos
pés de Nossa Senhora de Fourvières. Há bem pouco tempo, nós mesmos estávamos
ali, o Sr. Paillé e eu, em companhia de nosso amigo, o Sr. Charrin. Rezamos da
melhor maneira possível no local. Talvez estivéssemos também preparando sua
vinda e algum abrandamento para a prova dolorosa que sua mãe deveria logo
sofrer. Gosto de pensar assim. O Sr. Charrin não está, acho, em Lyon, mas em
Meyzieux (se não me engano), na casa de campo de seu pai. No entanto, vai e vem
e deve se encontrar de vez em quando na cidade. Acho que ficaria bem feliz em vê-lo. Você
poderia passar pela Place de la Miséricorde, na casa do Sr. Lodoix-Girard, nosso
amigo comum, Presidente da São Vicente de Paulo, que avisaria de um modo ou de
outro o Sr. Charrin de sua presença. O Sr. Girard mora na casa de seu pai,
negociante por atacado de mercadorias coloniais; ele é o caixa. Vi seu pai nas
águas de Allevard, homem muito cristão que nos testemunhou muita amizade. Seu
filho, muito enfermo, andando com duas muletas, é de uma vontade tão ardente,
de um zelo tão caridoso, que é a alma das Conferências e supera
maravilhosamente as dificuldades que lhe cria sua fraqueza física. Tinha
pensado em juntar-se a nós e fez, na época, um retiro nessa intenção, mas não
teria encontrado bastantes medidas de cautela em nosso grupo para sua
constituição débil. Ele nos é muito dedicado. Acho que reside no no
2, sem certeza, mas a casa de seu pai é muito conhecida.
Escrevi-lhe,
nestes dias, a Montcoy, pensando que você chegaria ali no dia 5. Peça ao Sr.
seu irmão para reenviar-lhe a carta, pouco comprida, aliás.
Volto
amanhã, dia 8, a
Vaugirard, um pouco restabelecido pelos poucos dias passados aqui e melhores
para minha saúde, acho, que toda a minha estada às águas.
Recebi
uma boa carta nestes dias do Sr. Chaverot. Sua posição é aceita por sua
família, não sem algum pesar. Como se tem dificuldade, hoje em dia, para fazer
plenamente um sacrifício a Deus! Ele retribuirá, no entanto, esses
meio-consentimentos, essas oferendas feitas com uma mão e retidas pela outra.
Possamos, nós ao menos, oferecer a vítima de todo e pleno coração.
Digo-lhe
adeus, caríssimo filho. Assegure sua boa mãe, se achar bom, de que me lembrarei
dela no Santo Sacrifício. Acredite em meus ternos sentimentos de amigo e de Pai
em N.S.
Le Prevost
Todo
o mundo, em Duclair, inclusive o bom Pároco, guarda amável lembrança de sua
presença, no ano passado. Ontem, fui visitar Saint Georges [de Boscherville],
pensando em
você. Dizem-me que você tem, bastante perto de casa, a antiga
abadia de Vézelay, linda entre todas. Você escreveu ao Sr. Chaverot?
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