Atenção
do Sr. Le Prevost com a saúde dos irmãos de Angers e com as necessidades
financeiras da casa.
Vaugirard,
6 de novembro de 1865
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
Tomamos
uma parte bem viva nas preocupações que lhe causaram as saúdes de seus irmãos.
É através das provações que andam as obras do Senhor, e é por nossa paciência
em suportá-las que obtemos a bênção que Ele se digna lhes dar. Portanto,
tenhamos boa confiança, caros amigos, peçamos pela oração o socorro que nossas
necessidades reclamam e a ajuda divina não nos faltará. Peço-lhe, meu caro
amigo, para me manter informado sobre o estado de seus bons irmãos. Rezamos por
eles de modo todo particular. Neste momento, a casa de Vaugirard está fazendo
uma novena pela libertação das almas do Purgatório, pedindo a essas santas
almas para nos darem, em recompensa, seus sufrágios pelas obras e as
necessidades da Comunidade. Unam-se a nós, estamos em comunidade de todas as
maneiras, mas sobretudo pelas necessidades como pela oração que lhes deve
prover.
A
respeito de necessidades, diga-me se não estão em penúria excessiva. Embora
pobres, faríamos com que os ajudássemos um pouco, se estão mais pobres ainda do
que nós.
Escrevi,
na segunda-feira, a Monsenhor de Angers. Pensei, como você, que a Comunidade
devia, nessa circunstância, dar-lhe sinal de respeitosa simpatia. Já lhe tinha escrito
ultimamente para agradecer-lhe suas duas cartas pastorais, mas isso não era
suficiente sem dúvida.
Devo
estar com muita pressa, para não ter respondido mais cedo à sua última carta,
cujos detalhes me tocavam tão vivamente. Fui impedido, sem possibilidade
nenhuma de fazer melhor.
Com
a graça de Deus, a epidemia não atingiu ninguém de nós. Parece certo que
diminuiu muito de intensidade. Durante um certo tempo, seus estragos eram
sensíveis.
Assegure
todos os nossos irmãos de que sua lembrança nos é bem presente, que rezamos por
eles e que lhes guardamos uma cordial afeição.
Seu
devotado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
Veio-me
à mente que o vinho de Angers, que é amargo e capitoso, poderia não convir
ao Sr. Alexandre [Legrand]. Parece-me que, para mim, me irritaria. Fale disso
ao médico, na ocasião.
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