Não se
carregar demais. Apreciações sobre um cantor cômico que poderia apresentar-se
em Angers, “sendo extremamente cristão”.
Vaugirard,
24 de novembro de 1865
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
Recebi
com prazer sua pequena carta: o Sr. Myionnet também ficou muito comovido pela
de nosso caro Sr. Alexandre [Legrand], representante de nossos demais irmãos de
Angers para lhe manifestar os votos de boa festa. Acho que responderá logo que
tiver um pouco de folga para fazê-lo. Espero que suas saúdes estejam melhores,
já que não me fala mais nelas.
Para
suas reuniões da noite, recomendo-lhe sempre que não se carregue demais, nem
seus irmãos. Mas, levando em conta essa observação, bem séria certamente, faça
o que lhe parecer verdadeiramente necessário.
Mando-lhe,
em anexo, 100f.
Se não bastasse, poderia reter 100 outros francos sobre o envio que, acho, deve
lhe fazer o Sr. seu pai nestes dias. Se esse envio fosse diferido demais e que
tivesse de sofrer por isso, você me avisaria.
Tivemos
uma amável festa de São Clemente, favorecida por uma temperatura de primavera.
O Sr. Mosnier, antigo aluno de Nossa Senhora de Todas as Alegrias, em Nantes,
que tem um notável talento para os cantos cômicos e outros, estando atualmente
de passagem em Paris, veio ao sarau, que, por isso, teve o maior encanto. Se,
algum dia, puder atraí-lo a Angers para algum sarau extraordinário, pode contar
que ele levará para o evento um encanto bem forte. Mantém-se no bom gosto e na
perfeita conveniência, sendo extremamente cristão.
Adeus,
caríssimo amigo, abraço-os a todos bem paternalmente em N.S.
Le Prevost
P.S.
Na quarta-feira passada, o Sr. Maignen, aproveitando a estada do Sr. Mosnier,
deu um pequeno concerto aos Jovens Operários. Fizeram uma coleta, que produziu
330 francos. Uma festa semelhante, com ou sem entradas, em Notre-Dame des
Champs, não seria também produtiva em Angers? O Sr. Mosnier dá saraus nos
grandes colégios cristãos. O Sr. Maignen lhe diria, se necessário, que oferta
deve lhe ser feita; deve ser moderada nos patronatos.
Desejo
que você se acomode com sua nova empregada, pois as mudanças perpétuas têm
muitos inconvenientes. No entanto, se, após experimentação séria, você
estivesse obrigado a pensar numa nova escolha, acho ter ouvido o Sr. Antoine
Emes falar que conhecia uma mulher de uns cinqüenta anos, falando francês, que
ele achava poder lhe convir. Seria a verificar, e seria também, no caso, uma
viagem a pagar.
P.S.
Quando você tiver algum dinheiro a pedir ou a enviar, desejo que o envio seja
feito a mim, e não ao Sr. Emile [Beauvais].
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