Vida da
obra de Angers. Associação de piedade. Festas do Carnaval. Questões
financeiras. Notícias da Comunidade.
Vaugirard,
21 de fevereiro de 1866
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
Acho
que pode haver vantagem em misturar um pouco de prática caridosa com os
exercícios piedosos de suas pequenas associações ou congregações de piedade.
Sou inteiramente desse parecer sobre esse ponto, e nossos irmãos também não
vêem dificuldade alguma nisso.
Vimos
com alegria o êxito de suas festas do Carnaval: muito mal é evitado assim, e a
parte do Senhor não é esquecida, já que a adoração e os ofícios deste tempo
tiveram seu espaço. Há também uma pequena vantagem financeira. No entanto, e
apesar desses pontos favoráveis, é preciso ser comedido nessas festas, sob pena
de ficar sobrecarregado pelos trabalhos e cansaços e de exagerar o movimento e
a superexcitação da obra. Muitos reconhecem essa verdade e a esquecem na
prática. Não é proibido, se seus recursos de comunidade estão insuficientes
momentaneamente, antecipar alguma parte sobre os fundos que lhe chegam de
diversos lados, mas é preciso fazê-lo somente com grande discrição. Peço a Deus
pela boa tia que cuida, com tanta benevolência, do que pode lhe ser necessário.
O
bom êxito de seus empreendimentos o tendo recuperado um pouco, espero que a
saúde de todos vocês se tenha firmado um pouco. Você não me fala nisso, tomo
esse silêncio do melhor lado. Aqui, não há indisposições graves. O Sr. Lacroix,
em convalescença em sua família, ainda não está restabelecido. Sua família
aproveita esse fato e faz esforços, até à violência inclusive, para afastá-lo
de nós. Parece muito provável que ele não estará bastante firme para tais
assaltos. Os de São Sulpício, de Issy, de Arras e Metz vão bem. O Sr. Laroche
está ainda mais cansado do que você. Nosso estado é rude. Esperemos que o
Senhor proporcione a graça às nossas necessidades e fraquezas: à ovelha
tosquiada Deus mede o vento.
Adeus,
caríssimo amigo, assegure todos os nossos irmãos de nossa terna afeição e
receba, para você e para eles, o abraço cordial, em Jesus e Maria, de
Seu
amigo e Pai
Le Prevost
|