As
instâncias feitas para estreitar os laços entre eles não são censuras.
Encarregar um irmão de manter uma correspondência regular. A respeito de um
jovem irmão que se trata de “resgatar” do serviço militar.
Vaugirard,
7 de março de 1866
Meu
caríssimo amigo e filho em N.S.,
Agradeço-lhe
pela diligência em responder à minha última carta. Reconheci, através de todos
os bons e devotados sentimentos que exprime, sua cordial afeição e sua caridade
costumeira. Pode, seguramente, pensar, caríssimo amigo, que não duvidei deles
um só momento. Após 14 anos de franca e bem fraterna união, a confiança
recíproca está bastante estabelecida para que não sobre mais prova nova a
pedir. Tinha apenas alguma inquietude, seja para nossos jovens irmãos, seja
para o bem de nossas obras, pela languidez e o afrouxamento de nossos
relacionamentos, sempre menos freqüentes à medida em que avançamos, embora a
necessidade de entendimento parecesse, ao contrário, pedir que fossem mais
aproximados e mais regulares. A boa disposição que mostra em responder sobre
esse ponto aos nossos desejos nos dá uma sincera satisfação. Parece-me também
que, se o Sr. Carment continuar a tomar alguma parte nos seus trabalhos, ele
poderia, a cada semana, anotar todos os fatos de certo interesse, como um
pequeno jornal, e você no-lo enviaria a cada mês ao menos, seja pessoalmente,
seja por intermédio de um de seus irmãos. Nada seria mais simples e você mesmo,
por esse jornal, acharia o meio de estabelecer, para suas obras como para a
comunidade, um compêndio dos costumes extremamente útil para estabelecer
tradições e assentar firmemente seus trabalhos caridosos.
Avisei
o Sr. Laroche de que você estava disposto a lhe enviar como ajuda o Sr. Mitouard,
logo que tivesse voltado do campo, onde fora passar alguns dias para tentar se
restabelecer. Mas você não me falou se o Sr. Mitouard deveria ser substituído
na sua casa, caso a saúde do Sr. Laroche continuasse lânguida, e a ajuda que
lhe prestaria devesse durar alguns meses. Ficar-lhe-ei grato por nos escrever
sobre isso.
Tínhamos
sido informados sobre a doença grave da mãe do Sr. Carment. Depois, como não
tivemos notícias, supomos que está melhor. Você nos dirá qual é a situação.
Rezamos muito por ela.
Anexo-lhe
aqui uma pequena carta que lhe escreve o Sr. Allard. É bem incorreta, embora
lecione há mais de um ano numa pequena classe. Deixei-a tal qual, para que
acompanhe melhor o que lhe concerne. Teve um número muito ruim no sorteio do
serviço militar, e só vemos para ele motivos pouco valiosos de isenção, a menos
que tenha bom apoio. Você verá que meios poderia ter para ampará-lo na época da
revisão. A Comunidade, onerada por pesadas cargas, está totalmente sem condição
de fazer qualquer sacrifício para sua exoneração. Não teve, aliás, motivo de
congratular-se pelas despesas muito notáveis que fez, em tempos diversos, para
três sujeitos chamados pela sorte: dois a deixaram, um terceiro é pouco seguro
e de um valor medíocre. O jovem Allard é manso, bom rapaz, mas pouco firme e
mal decidido em sua vocação. Tinha a idéia louca de fazer estudos, quando nem
tem capacidade suficiente para entender os primeiros elementos da gramática.
Não
me falou há muito tempo da direção espiritual de seus irmãos; têm alguém que
lhes dá, a esse respeito, um pouco de apoio?
Adeus,
caríssimo amigo e filho em N.S., acredite bem em todos os nossos sentimentos
mais afetuosos em Jesus e Maria.
Seu
amigo e Pai
Le Prevost
Bendizemos
a Deus pelas preparações que estão sendo feitas para o patronato de Saint
Jacques. Não vejo, infelizmente, que estivéssemos imediatamente em condição de
dar um pessoal para sustentá-lo, se fôssemos chamados a dirigi-lo.
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