Faltam ao Sr.
Beldame as qualidades de uma vocação que “garantisse para o futuro”. Isenção do
jovem Allard.
Vaugirard,
20 de abril de 1866
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
Fico-lhe
muito grato por sua caridosa intervenção a respeito do Sr. Joseph [Beldame]. Nossa
intenção era mesmo que suas explicações fossem ouvidas, por isso o convidei a
ir para sua casa, até que tenhamos maduramente examinado o que é o melhor para
seu bem e para o nosso.
Sem
dar motivo para queixas notáveis em Vaugirard (não foi empregado em outro
lugar), nos fizera temer que não houvesse nele solidez suficiente de juízo, simplicidade
e retidão nas perspectivas, desapego de si mesmo, sentimento verdadeiro das
obrigações religiosas, em uma palavra, sinais de uma vocação que garantisse
para o futuro, tanto em qualidade como em firmeza. Por isso,
duvidando muito que permanecesse muito tempo entre nós, estávamos inclinados a
pensar que valia mais, talvez, não prolongar uma experiência cujo resultado nos
parecia quase indicado. Não sei se ele está com você; numa carta que recebo
hoje de Arras, não se fala nisso. Se chegar à sua casa, conversará com ele.
Percebemos várias vezes que ele não tinha uma sinceridade total.
O
jovem Allard poderá levar-lhe esta carta, saindo amanhã para Amiens. Parece
apavorado pelo fato de que seu pai não parece ter feito mais diligências para
conseguir os 1.000f
que faltam para seu resgate. A importância da exoneração é somente de 2.100f neste ano. Eu lhe
sugeria esta idéia: se seu pai, ou outros de seus amigos, achassem alguma
pessoa bondosa que consentisse em emprestar esses mil francos por 5 anos, o pai
dando, suponho, 100f
cada ano, seu primo, o padre Allard, 50f, a Comunidade 50f, em 5 anos, a importância
assim garantida seria reembolsada seguramente. Ele tomou o compromisso diante
de Deus, e formalmente, de ficar 10 anos na Comunidade, se Deus dignar-se
isentá-lo do serviço. Ele queria tomar um compromisso indefinido; quis que
fosse somente de 10 anos. Já é muito para jovens cabeças.
Adeus,
caríssimo amigo e filho em N.S., mil afeições a toda sua pequena
comunidade.
Seu
amigo e Pai
Le Prevost
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