A respeito
de um menino que o padre Laroche poderia receber em Arras. Se está sozinho
em sua via, sem poder ser acompanhado, o Sr. Le Prevost não é muito favorável.
Vaugirard,
24 de maio de 1866
Caro
Senhor padre e filho em N.S.,
Encontramos,
em sua carta, alguns pequenos indícios ou promessas de melhora em sua saúde.
Sentimos uma grande alegria e esperamos que, com um pouco de paciência, essa
crise de doença dê lugar, talvez, a uma consolidação total e definitiva de sua
constituição.
Consultei
nossos irmãos a respeito do menino que você tem certa tentação de acolher em
sua casa. Não puderam dar parecer bem esclarecido, por não conhecer as
aptidões, a ciência, o gosto pelo estudo ou por toda outra carreira que teria
esse menino. Sua piedade, seu caráter, seu comportamento são também razões a
ter em conta. Em
geral, a experiência nos demonstrou que um menino se acha, seja para estudos,
seja para a preparação de uma carreira qualquer, em má posição, para ele como
para a casa, quando está sozinho em sua via. Não pode ser acompanhado nem
vigiado convenientemente. Não tem a companhia e os apoios de que precisa. Não
tem, em uma palavra, seu lugar, vegeta, e acaba mal. Resolvemos, quanto a nós,
não colocar nenhum em tais condições. Não saberia enunciar parecer mais
preciso, por falta de informações sobre os diversos pontos que indicava acima,
sobre as aptidões e as aspirações desse menino. Peço-lhe, caro Senhor padre, se
acha bom seguir essa idéia, para nos fazer chegar alguma outra explicação.
Não
achei explicação para a tristeza do Sr. Mitouard. Não via para ele causa alguma
de desânimo: é um homem seguro e de boa vontade, que estimamos e afeiçoamos.
Todo
o mundo, aqui, se recomenda às suas boas lembranças. Cuidaremos de não esquecer
nem você, nem os seus, nem, particularmente, suas crianças da primeira
comunhão.
Adeus,
caríssimo Senhor padre e filho em N.S., acredite em todos os nossos sentimentos
de cordial afeição.
Le Prevost
|