Observações
sobre uma nova capela. Irradiação da comunidade de Angers. Notícias dos
irmãos dos seminários. Questões financeiras.
Vaugirard,
2 de junho de 1866
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
Mando-lhe
de volta sua pequena planta de uma nova capela no coral, a ser adaptada no
salão de recepção. Será um pouco mais cômoda, estabelecida assim, mas
continuará extremamente pequena, já que o corredor ao lado continua corredor e
é estreito demais para permitir uma ampliação propriamente dita. O Sr. Lantiez
observou que, se a capela ganha um pouco com essa adaptação, o salão de
recepção perderá muito, já que a capela atual, que passaria a ser usada como
salão, é baixa, mal iluminada e triste. Perguntava se esses inconvenientes não
seriam menores para uma capela onde não se pede, de costume, grande claridade e
onde tudo é sério, do que para um salão de recepção, destinado sobretudo às
recepções quase cotidianas dos jovens. Essa observação me parece ter um valor sério,
mas a entrego à sua sabedoria e o deixo totalmente livre para executar seu
projeto. O primeiro já foi parado em seu andamento por nossas críticas, não
quero jogar ainda obstáculos a este. Pensamos como você que é difícil tirar
grande partido dos locais do Coral. Você julgará se o salão novo pode convir,
sem demasiada falha, à destinação que lhe seria dada. Noto que você não calcula
nenhuma importância para os gastos dessa adaptação, e sobretudo para a
adaptação da sacristia, que dependeria dela. Parece que essas mudanças não se
farão sem gastos.
Vimos
Monsenhor de Angers com o Sr. Chesnet. Teve a bondade, na sexta-feira, de
confirmar nossas crianças da primeira comunhão. Em seguida, tomou o café da
manhã com os antigos da Comunidade, e, em seguida, nos reuniu a todos para nos
fazer uma muito amável e toda paterna exortação.
Assegurou-nos,
assim como o Sr. Chesnet, de que você tinha, com a comunidade, uma excelente
posição em Angers, onde todo o mundo estava muito bem disposto para com vocês.
O Sr. Pavie, há alguns dias, me repetia a mesma afirmação. Tenha, portanto,
confiança, caríssimo amigo, já que Deus abençoa você e seus trabalhos, e
continue a servi-Lo, onde o colocou na sua obra.
Penso
que todos os seus irmãos vão bem. Todo Vaugirard se queixa por não receber
cartas do Sr. Ladouce.
Esses
Senhores de São Vicente de Paulo de Santa Ana acharam, após a morte de um jovem
operário chamado Hugon, diversas cartas escritas pelo Sr. Moutier, e cujo
sentido era muito contrário a suas vistas para a direção da casa Santa Ana.
Mostraram-se muito chateados.
Nossos
jovens irmãos dos seminários chegaram nestes dias e estão momentaneamente
reunidos em Chaville.
Muitos ficarão por pouco tempo. O Sr. Chaverot tem a
obrigação de aparecer em sua família. O Sr. de Varax, exausto, é
obrigado, por ordem do médico, a ir novamente às águas, onde esteve no ano
passado. Na sua volta, irá ajudar um pouco na casa de Arras, onde a ausência do
Sr. Laroche, doente, faz um grande vazio.
Não
falei, nem a Monsenhor, nem ao Sr. Chesnet, sobre os trabalhos do
coral. Monsenhor me disse que o achava tímido para a capela de
Notre-Dame des Champs. Quanto a mim, entendo facilmente que tenha medo de criar
embaraços financeiros. Experimentamos demais em Grenelle e nos Jovens Operários
de Nazareth como dívidas pesadas criam dificuldades para o andamento das obras
e embaraçam a ação religiosa e moral da obra.
Parece
difícil, neste momento, que algum de nossos irmãos possa ir a Angers, mas o
tempo não está longe em que você mesmo poderá vir um pouco. Monsenhor me dizia
que poderá se ausentar facilmente quinze dias. Talvez tivesse dito mais, se eu
mesmo não tivesse indicado esse prazo. Será uma grande alegria para todos os
nossos irmãos, que lhe são muito apegados, reverem-no entre eles. Ela será bem
partilhada por mim, você sabe, caro filho.
Mil
afeições para vocês todos e da parte de todos, sobretudo por
Seu
afeiçoado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
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