Penúria de pessoal.
Cansaço do irmão Trousseau. Evitar as idas e vindas multiplicadas.
Vaugirard,
3 de julho de 1866
Meu
caro filho em N.S.,
O
Sr. Laroche, em uma carta que cruzou com a que eu escrevia a você e
a ele, e que deve ter recebido domingo passado, me diz que você está muito
cansado e que tem necessidade absoluta de repousar um pouco. Tínhamos pensado,
como lhe disse, em provê-lo, mandando, em primeiro lugar, o Sr. Chaverot e,
depois, o Sr. de Varax. Mas o Sr. Chaverot, que sai após um ano inteiro de vida
refreada e cansativa no seminário, tinha necessidade de ao menos alguns dias de
relaxamento. Aliás, estava obrigado a dar uma chegada até sua família, que
apenas sabe ainda pela metade sobre sua entrada em Comunidade e que bem
dificilmente se resigna a esse sacrifício. Teve, portanto, que sair por uns
quinze dias, como lhe indiquei. Venho, agora, perguntar-lhe se seu cansaço é
tal que não possa, sem dificuldade real, aguardar a volta do Sr. Chaverot. Não
sei quem poderíamos mandar-lhe até lá, a não ser um dos jovens seminaristas de
Issy que lhe seria, sem dúvida, pouco útil. Se for possível evitar essas idas e
vindas multiplicadas, será seguramente muito melhor. Acho que seriam também
bastante prejudiciais em
Arras. No entanto, como não queremos colocá-lo em situação
penosa intolerável, aguardarei sua resposta, e farei o que pedir.
Adeus,
meu caríssimo filho. Rezamos muito para que Deus e a Santa Virgem o
assistam e lhe dêem força para suportar as provações de sua situação, como está
nos planos da Sabedoria divina que as suporte, mas sem exceder a medida que
quer colocar a bondade misericordiosa do Senhor.
Seu
afeiçoado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
Mil
boas lembranças aos nossos irmãos.
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