A cólera em Amiens. Como o Sr. Le Prevost cuidava de detalhes
do material.
Vaugirard,
8 de julho de 1866
Meu
bom amigo e filho em N.S.,
Vejo
nos jornais que a epidemia está notavelmente diminuindo em Amiens. Ficarei
satisfeito, no entanto, se alguém de vocês escrever para nos dar notícias
diretas. O Sr. Jean-Marie [Tourniquet] ficará também muito tranqüilizado, se
for informado sobre o estado atual de seu irmão. Espero, portanto,
algumas palavras de sua casa.
Vi
somente ontem o tecido que me mandou para as batinas. Pode ser que convenha
também para esse uso, porém ele não é igual à sarja (escot) que me tinha
mandado até agora e da qual tínhamos feito um excelente uso. Além disso, o luxor
que mandou é metade menos largo (talvez ainda mais) do que a sarja (ou
escaut, não sei como escrever essa palavra) e, conseqüentemente, é muito mais
caro. Batinas de verão confeccionadas nessas condições seriam bem dispendiosas
para nós. Ficaria, no entanto, com esse tecido, se a peça assim cortada
corresse risco de não ser facilmente colocada por você e se devesse resultar em
menor prejuízo para sua casa. Mas, se fosse diferente e pudesse colocar a peça
facilmente, preferiria muito ter o tecido largo e mais simples, embora forte e
sólido, que nos mandou várias vezes para um uso igual. Ficar-lhe-ei grato por
me dizer em toda simplicidade o que pode ser feito nesse caso. Contei que você
não teria embaraço nenhum com minha proposição e me diria francamente se não
haveria nenhum inconveniente para você.
Embora
a saúde do Sr. Jean-Marie nos tenha obrigado a alguma cautela, não queríamos
privá-lo de ver seu irmão, se estivesse em perigo sério. Renovo, portanto, o
pedido insistente de nos mandar um telegrama, se perceber algum sinal
seriamente inquietante. Seu jovem filho escreve a seu tio uma palavra
alarmante, mas um menino de 14 anos não pode fixar nossas determinações.
Aguardo uma resposta sua, para agir como o caso pedir.
Seu
amigo e Pai
Le Prevost
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